Lisboa, 15 jul 2014 (Ecclesia) – O bispo de Tombura-Yambio, no Sudão do Sul, diz que “não há verdadeira liberdade de religião e de consciência” no Sudão e mostra-se particularmente preocupado com o clero que ainda se encontra naquele território.
Em declarações à Fundação Ajuda a Igreja que Sofre, D. Eduard Kussala avança mesmo que “há bispos e padres no Sudão que têm vivido como imigrantes ilegais desde a independência” da parte sul do país, em 2011.
“Aos bispos e sacerdotes não são concedidos passaportes e eles não têm estatuto legal. Eles podem deixar o país, mas a reentrada pode ser recusada”, denuncia o responsável católico, sublinhando que alguns sacerdotes “foram expulsos” da região enquanto os “bispos estão condenados a permanecer em silêncio”.
Com a separação entre a parte norte e o sul daquela nação africana, os cristãos concentraram-se maioritariamente no Sudão do Sul.
No entanto, no Sudão permanecem ainda cerca de “3 milhões de cristãos” que têm sido alvo de várias represálias por parte dos radicais muçulmanos.
O exemplo mais recente foi o caso de Meriam Ibrahim, uma cristã sudanesa de 27 anos condenada à morte por apostasia e adultério.
AIS/JCP