Somália: «750 mil pessoas em risco de morrer» de fome e sede nos próximos quatro meses, avisa Nações Unidas

Organizações católicas continuam a canalizar ajudas para a chamado Corno de África, onde o número de refugiados não para de aumentar

Lisboa, 13 set 2011 (Ecclesia) – Um relatório das Nações Unidas, citado hoje pela agência Fides, do Vaticano, indica que “quatro milhões de pessoas sofrem atualmente de fome e sede na Somália” e “750 mil estão em risco de morrer nos próximos 4 meses”.

Segundo aquele organismo internacional, a seca que atingiu o chamado Corno de África, tida como a pior dos últimos 60 anos, já terá feito “dezenas de milhares de vítimas”, estendendo-se a países como o Quénia, a Etiópia e o Djibuti, sendo que “mais de metade são crianças”.

Organizações católicas como a Caritas têm procurado responder à falta de condições mínimas por parte das populações, que devido à falta de água perderam colheitas e animais e não têm alternativas para sobreviver.

Segundo Suzanna Tkalec, assistente do presidente da Caritas na Somália, o número de refugiados não tem parado de crescer, dando como exemplo o campo de Ali Addeh, no Djibuti, onde o grupo de deslocados somalis “aumentou de 8 mil para 18 mil”.

“Para descongestionar o acampamento de Ali Addeh, o governo de Djibuti tem a intenção de reabrir o acampamento de refugiados de Holl Holl, fechado em 2006”, acrescentou a mesma responsável.

No que respeita às prioridades de ajuda, a região de Bay, no sul da Somália, é vista como um ponto fundamental.

Segundo o relatório da ONU, “o nível de desnutrição é agudo e as taxas de mortalidade superaram o limiar da fome”.

JCP

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