Materiais para o fabrico do telemóvel ou tablet estão na origem de um conflito que provocou mais mortes desde a 2ª Guerra Mundial
Lisboa, 24 fev 2015 (Ecclesia) – A Fundação Fé e Cooperação e a Fundação Gonçalo da Silveira associaram-se à campanha «Tecnologia Livre de Conflito» para impedir a compra de minerais provenientes de zonas de conflito e contribuir para um uso responsável das novas tecnologias.
Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, as organizações dão conta que “minerais usados na fabricação de vários aparelhos tecnológicos”, como o telemóvel ou o tablet, são extraídos de “zonas de conflito”, controlados por grupos armados.
“Na República Democrática do Congo, onde estão 80% das reservas mundiais de coltan, a extração, processamento e venda destes minerais é controlada por grupos armados que alimentam um conflito que, desde 1998, já provocou a morte de cinco milhões de pessoas”.
Os "minerais de conflito" como o coltan, o estanho, o ouro ou o volfrâmio são minerais escassos e caros, extraídos nestas zonas para a fabricação de vários aparelhos tecnológicos.
A Organização não-governamental Alboan, promovida pelos Jesuítas em Espanha, criou uma petição com o objetivo de apoiar a criação de uma diretiva europeia que impeça a compra de minerais oriundos destas zonas aos fabricantes de produtos tecnológicos, para que deixem de alimentar este conflito e contribuam para um uso responsável das novas tecnologias.
LS