Solidariedade para cristãos do Médio Oriente

Santa Sé apela aos bispos de todo o mundo, solicitando donativos para as comunidades da terra natal de Jesus

Cidade do Vaticano, 06 abr 2012 (Ecclesia) -A Congregação para as Igrejas Orientais, organismo da Santa Sé, solicita hoje o apoio de toda a Igreja Católica para evitar a fuga dos fiéis da Terra Santa perante a “violência” e a “opressão”.

“A emigração de cristãos tem-se agravado pela falta de paz, que tenta empobrecer a esperança, transformando-se no medo de estar sozinho perante um futuro que parece não existir a não ser com o abandono da própria pátria”, assinala o cardeal Leonardo Sandri, prefeito do referido dicastério da Cúria Romana, ema carta enviada aos bispos de todo o mundo.

Este responsável apela à chamada ‘Coleta em favor da Terra Santa’, uma iniciativa anual que remonta ao século XV, feita habitualmente nas celebrações de Sexta-feira Santa.

“Dirijo um cordial convite a todas as comunidades eclesiais para que estejam do lado dos cristãos de Jerusalém, Israel e Palestina, como dos países circundantes, Jordânia, Síria, Líbano, Chipre, Egito, que juntos compõem aquela Terra abençoada”, escreve o cardeal argentino.

A missiva sublinha os “sofrimentos de todo o Médio Oriente”: “Para os discípulos de Cristo as hostilidades são o pão quotidiano que alimenta a fé e que, por vezes, fazem ressoar o eco do martírio em toda a sua atualidade”.

Nesse sentido, são recordadas em particular as situações de violência na Síria e os apelos do Papa ao diálogo e à defesa das populações.

A Congregação para as Igrejas Orientais lembra ainda aos bispos “o constante pedido” de Bento XVI para que “a missão da Igreja nos Lugares Santos seja generosamente sustentada”.

O organismo da Santa Sé publica um documento informativo, que ilustra as obras realizadas pela Custódia da Terra Santa em “escolas, programas de saúde, necessidades habitacionais, locais para encontros e tudo o que a generosidade da Igreja tem sabido suscitar”.

Em causa, assinala-se, está um “um louvável serviço social” que “abate as divisões e as discriminações para inaugurar um renovado diálogo ecuménico e a cooperação inter-religiosa”.

“Quanta fé que encontramos nos jovens, desejosos de testemunhar as bem-aventuranças, amando os próprios países no compromisso pela justiça e pela mediante a não-violência evangélica”, observa o cardeal Sandri.

O membro da Cúria Romana apela às “peregrinações” dos católicos, como forma de “ajuda concreta” e sinal de “fraternidade” para com as comunidades que vivem na terra natal de Jesus.

OC

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Agência ECCLESIA

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