Paredes, Porto, 25 mai 2016 (Ecclesia) – A Direção da Obra da Rua, instituição criada pelo padre Américo, reagiu hoje em comunicado às acusações do Ministério Público contra o sacerdote que durante seis décadas dirigiu o ‘Calvário’, instituição que acolhe doentes incuráveis e deficientes em Beire (Paredes).
A Procuradoria-Geral Distrital do Porto, em nota divulgada esta terça-feira, acusa o ex-diretor do da prática de 13 crimes de maus tratos e de um crime de ofensa à integridade física.
Em resposta, a Direção da Obra da Rua recorda os “60 anos de serviço inigualável aos mártires da doença” do padre Batista.
Segundo o Ministério Público, o clérigo medicava os doentes, muitos com deficiência mental, sem ter qualquer formação para o efeito.
De acordo com a acusação, o sacerdote em causa “castigava os utentes” e terá também determinado que “fossem amarrados”.
A Direção da Obra da Rua fala, no comunicado, numa “qualificação técnica sem canudo” e considera que “só a ignorância e um olhar rasteiro justificam esta atitude” da acusação.
“Era melhor passar ao lado dos completamente abandonados, que até os hospitais mandavam ‘viver’ para ‘debaixo da ponte’, cuja imagem era desprezível e repelente ao comum dos mortais?”, questiona a instituição.
OC