Bruxelas, 16 dez 2011 (Ecclesia) – A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, manifestou-se hoje convicta de que “a porta não ficou fechada” sobre a manutenção do Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados, cuja continuidade se encontra em risco a partir de 2014.
“Creio que a porta não ficou fechada em relação a essa matéria, o que é um sinal positivo”, declarou a governante em Bruxelas, onde decorre até sexta-feira um Conselho de Agricultura e Pescas.
Na quarta-feira, o presidente da Comissão Europeia criticou os Estados-membros que têm colocado obstáculos à manutenção do programa de ajuda alimentar aos mais carenciados, considerando que tal é “inaceitável” num período de crise.
Falando no Parlamento Europeu, Durão Barroso, disse que não está “completamente satisfeito”, referindo-se ao acordo recentemente alcançado no sentido de manter o Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados (PCAAC) por mais dois anos.
“Continuo a achar que é inaceitável e muito difícil de entender como é que alguns governos, numa situação como a que temos hoje na Europa, de emergência social, não estão disponíveis para mostrar mais solidariedade em tempos de crise”, declarou.
Em Lisboa, a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome (FPBA) avisou esta terça-feira que o fim do PCAAC viria a pôr em causa a alimentação de 420 mil portugueses por ano.
“Este programa representa 20 por cento dos alimentos que são distribuídos pelos Banco Alimentares. Se este programa deixar de existir, as instituições que recebem estes produtos diretamente da Segurança Social deixam de receber alimentos”, alertou Isabel Jonet, falando aos jornalistas, no final da audição na Comissão de Agricultura e Mar.
Lusa/OC