D. Américo Aguiar gostaria que “um dos frutos” deste encontro de jovens pudesse ser “o aumento” de doadores
Lisboa, 05 mai 2023 (Ecclesia) – Os voluntários da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) doaram sangue, esta sexta-feira, e, segundo D. Américo Aguiar, foi um momento “especial” porque Portugal tem “muitas marcas” e esta “é uma daquelas que orgulha” o país.
“A renovação dos dadores de sangue não está acontecer com a velocidade” desejada e a JMJ “pode ter um papel importante para sensibilizar os jovens portugueses para renovar este contingente de doadores, mas também sensibilizar os jovens estrangeiros”, disse o presidente da Fundação JMJ à Agência ECCLESIA.
A Fundação Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, o Instituto Português do Sangue e Transplantados (IPST) e a Federação Portuguesa das Associações de Sangue estabeleceram uma parceria que pretende sensibilizar para a importância da dádiva regular de sangue.
No âmbito desta parceria, a sede da JMJ em Lisboa está a acolher esta sexta-feira, entre as 15h00 e as 19h00, uma colheita de sangue junto dos jovens voluntários.
Em muitos países, a dádiva de sangue “não é benévola”, mas “é vendido” por isso, D. Américo Aguiar gostaria que um dos frutos da JMJ pudesse ser “o aumento de dadores de sangue em Portugal”, mas também a criação de bancos de dadores benévolos no “mundo inteiro”.
Para Paulo José Rosa Cardoso, da Federação Portuguesa das Associações de Sangue, este dia “é especial” e agradeceu à organização da JMJ “ter permitido” o encontro com os jovens.
Se os jovens são “essenciais” para a dádiva de sangue, “não se pode estar à espera que os jovens” se desloquem às instituições, mas ir ter com eles, frisou.
“Nós temos de estar onde os jovens estão” porque “eles precisam de ser sensibilizados”, acrescenta Paulo José Rosa Cardoso.
Esta operação, realizada esta sexta-feira na sede da JMJ em Lisboa, contou com cerca de 50 candidatos a dadores de sangue.
O responsável realça que “há muitos mitos”, por isso a Federação Portuguesa das Associações de Sangue desloca-se aos sítios onde estão os jovens “para desfazer dúvidas”.
Uma forma de compreenderem também o que são “hábitos de vida saudável” e que “não podem ter comportamentos de risco”, disse à Agência ECCLESIA Paulo José Rosa Cardoso.
Um trabalho “educativo” com o intuito dos jovens serem “dadores e não recetores”.
Maria Antónia Escoval, do Instituto Português do Sangue e Transplantados, disse que, “todos os dias são necessárias mil e cem unidades de sangue” nos hospitais portugueses.
Com o envelhecimento da população existe um “desafio muito grande” em relação aos dadores (dos 18 aos 65 anos) de sangue.
Sensibilizar os jovens para esta problemática é essencial, por isso Maria Antónia Escoval apelou aos jovens que sejam “dadores de sangue”.
Vão ser ainda organizadas outras ações de sensibilização e colheitas, organizadas pelos comités organizadores diocesanos (CODs) da JMJ Lisboa 2023, uma forma de estimular os jovens “para o seu papel cívico e para os benefícios deste contributo voluntário para responder às necessidades diárias de sangue nos hospitais portugueses”,
SN/LFS