Solidariedade: Instituições trabalham para receber idosos abandonados nos hospitais

Presidente da CNIS disponível para dialogar com «todos os partidos»

Fátima, Santarém, 14 mar 2015 (Ecclesia) – O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) disse hoje à Agência ECCLESIA que as organizações estão a trabalhar para concretizar a intenção de acolher idosos abandonados nos hospitais.

“É uma situação que obriga a alguma atenção, porque é um problema social grave”, declarou o padre Lino Maia, após a assembleia geral da CNIS, que decorreu em Fátima.

Segundo este responsável, há “muitas” instituições “com capacidade e disponibilidade” para acolher esta população, que exige cuidados específicos.

As IPSS, o Ministério da Saúde e o Ministério da Solidariedade e Segurança Social estão a estudar um acordo de cooperação que deverá ser assinado “até final de abril”, adiantou o padre Lino Maia.

"Há pessoas abandonadas nos hospitais, porque não têm retaguarda familiar ou meios financeiros, que estão gravemente dependentes e precisam de muito apoio", salientou.

A CNIS fez-se representar esta sexta-feira nas jornadas parlamentares do PS e mostra-se disponível para dialogar com “todos os partidos”, num momento em que se começam a delinear programas eleitorais.

“É importante que já exista fidelização a alguns princípios e tenho encontrado bom acolhimento, porque a CNIS não é um partido e defende todas as pessoas”, revela o padre Lino Maia.

Nesta base de encontro, o responsável nacional mostra-se “esperançado” de que o avanço no diálogo entre governantes e instituições de Solidariedade continue a avançar.

A assembleia geral de hoje decorreu num “clima de paz”, com aprovação por unanimidade do relatório de atividades e contas relativo a 2014, mas algumas instituições manifestaram a sua preocupação em relação a intervenções da autoridade tributária.

“Isto não pode ser assim, estas instituições estão ao serviço dos mais carenciados, prestam um serviço público”, alerta o presidente da CNIS.

“Vamos procurar estar atentos e atuar para que nenhuma instituição feche portas”, conclui.

HM/OC

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Agência ECCLESIA

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