Solidariedade: Instituições sociais vão reforçar cooperação com o Estado

Novo protocolo privilegia áreas «onde há dificuldades de relacionamento» como a Saúde, Educação e Segurança Social

Fátima, Santarém, 27 out 2014 (Ecclesia) – A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) vai avançar para um protocolo de cooperação global com os ministérios da Saúde, da Educação e da Solidariedade e Segurança Social.

A revelação foi feita hoje à Agência ECCLESIA pelo presidente daquele organismo, o padre Lino Maia, no decurso dos trabalhos do conselho geral da CNIS em Fátima.

De acordo com aquele responsável, este acordo prefigura um quadro “absolutamente novo” na relação entre as instituições sociais e o Estado, pois representa a possibilidade de um “diálogo permanente” no âmbito de três setores estruturais para a intervenção na sociedade.

“Vem permitir regularizar todo um tipo de áreas” onde “muitas vezes há dificuldades de relacionamento”, desde a “educação pré-escolar aos cuidados primários ou continuados de saúde”.

“Havendo um protocolo e uma sede para nos encontrarmos pode ser tudo muito mais ágil e facilitado”, salienta o padre Lino Maia.

Este desenvolvimento é extremamente importante para a ação das instituições particulares de solidariedade social e das Misericórdias, pois todos os dias continuam a “bater à sua porta os que têm mais dificuldades, que estão na pobreza, os que vivem pior”.

“De cada vez as pessoas comparticipam em menos porque estão mais pobres e o Estado também tem limites, competências vai transferindo mas não vai transferindo verbas condizentes com as competências e por isso as instituições sociais estão com muitas dificuldades”, complementa.

O presidente da CNIS recorda que o Setor Social tem sido um verdadeiro “amortecedor” para o país em crise, na medida em que foi sempre “correspondendo” no apoio às pessoas, servindo muitas vezes como solução de emprego “àqueles que o setor empresarial de algum modo rejeitou ou pôs na prateleira”.

“Isto também contribuiu muito para que o país não esteja tão mal como poderia estar e sobretudo para que encontre alguma fonte de esperança”, realçou o padre Lino Maia.

JCP

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Agência ECCLESIA

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