Solidariedade: Fundação Ajuda à Igreja que Sofre recolheu 88 milhões de euros em 2013

Segundo melhor resultado na história da organização católica

Lisboa, 16 jul 2014 (Ecclesia) – A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) revelou hoje que angariou cerca de 88 milhões de euros em 2013, destinados a 5420 projetos em 140 países.

“Foi o segundo melhor resultado da história da Fundação AIS a nível internacional. Apesar da crise económica que se abateu sobre tantos países, incluindo Portugal, foram recolhidos 88,3 milhões de euros”, informa a organização católica em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

Em Portugal registou-se uma verba semelhante à de 2012, com um valor global de 1,88 milhões de euros, apesar da “enorme crise económica que continua a refletir-se no elevado número de desempregados”, contextualiza a AIS.

Catarina Martins, diretora nacional da Fundação AIS, destacou que a oração e a contribuição dos benfeitores portugueses "permitem continuar a dar esperança e a ajudar aqueles que seguem fielmente a Cristo".

“Um verdadeiro milagre, se considerarmos o difícil momento económico em que nos encontramos”, assinalou Regina Lynch, responsável internacional pelo Departamento de Projetos.

Segundo a AIS, cerca de um terço da verba “foi canalizada para países do Médio Oriente” e o restante valor aplicado em países onde a Igreja Católica está a viver tempos mais conturbados.

A Fundação explica também que, em 2012, as ajudas de emergência “mais do que duplicaram” devido ao conflito na Síria para onde já foram disponibilizados mais de 3,5 milhões de euros para projetos com os deslocados e com refugiados na Jordânia, Líbano e Turquia.

“A nossa prioridade na região do Médio Oriente centra-se nos mais de 2,5 milhões de refugiados sírios e nos mais de 7 milhões de deslocados em consequência direta da guerra civil que está a destruir este país”, disse o responsável da AIS para o Médio Oriente.

O padre Andrzej Halemba acrescenta que “a Igreja tem-se revelado como a única instituição em que os refugiados podem confiar e o seu único ponto de referência”.

Ainda no Médio Oriente, o Egito foi outro país que mereceu “uma atenção especial” da AIS em 2013, com uma ajuda de 30 mil euros: “Um ano particularmente difícil com uma violência extrema contra a comunidade cristã e as suas igrejas”, adianta.

“Há muitos lugares onde os cristãos são obrigados a esconder-se ou onde todos os seus movimentos são controlados e também há lugares onde a igreja não pode receber apoios económicos do estrangeiro, o que impede a sua presença”, disse ainda Regina Lynch que deu como exemplo China, Paquistão, Cuba, Sudão, Sudão do Sul, Nigéria e República Centro-Africana.

O apoio da AIS; em termos globais, distribui-se por: projetos de construção 37%; intenções de Missa 17,6%; formação teológica 12,5%; catequese 10,3%; apoio para transportes 6,9%; apostolado bíblico 5%; ajudas de emergência 4,5%; ajudas de subsistência 3,7% e apostolado dos meios de comunicação social 2,1%.

A Fundação Ajuda à Igreja disponibilizou ainda o relatório anual de 2013 para consulta na internet.

CB/OC

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