Responsáveis da Igreja Católica e de entidades estatais participaram em encontro organizado pelo Secretariado da Ação Social da Diocese de Viana
Viana do Castelo, 08 mar 2013 (Ecclesia) – O Estado deve aumentar apoio às instituições particulares de solidariedade social e beneficiar mais da sua ação, declarou hoje o padre Artur Coutinho, diretor do Secretariado da Ação Social e Caritativa da Diocese de Viana do Castelo.
O departamento dirigido pelo sacerdote organizou esta quinta-feira em Darque a jornada ‘Estado Social e Sociedade Solidária’, que contou com as intervenções dos presidentes da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, padre Lino Maia, e da Cáritas Portuguesa, Eugénio da Fonseca, entre outros oradores.
Em declarações à Agência ECCLESIA o sacerdote vincou a necessidade de um trabalho concertado “para exigir não o Estado Social que existe atualmente mas o que deve ser concretizado no futuro, que passa por apoiar mais as instituições e aproveitar melhor o seu trabalho”.
“As instituições de solidariedade dão uma resposta eficaz às necessidades sociais do país mas o Governo não está a ver isso quando ‘aperta’ muito com elas, ao proceder a inspeções a tempo e fora de tempo, além de fazer demasiadas exigências”, com critérios que nem sempre são uniformes, acrescentou.
O padre Artur Coutinho sublinhou que “se não fosse o trabalho voluntário e profissional das instituições e das respostas que dão, o Estado Social ainda seria mais magro”.
O responsável realçou a mesa redonda com a participação de representantes do Poder Local, Segurança Social, Banco Alimentar, Santas Casas da Misericórdia, instituições de solidariedade, Vicentinos e Cáritas, que acentuaram a urgência de “dar as mãos para criar uma rede social mais eficaz”.
O programa do encontro, que reuniu cerca de 200 pessoas, incluiu conferências sobre ‘Igreja na Intervenção Social’, ‘O Evangelho e a Pastoral Social’ e ‘Práticas de Solidariedade – Luta por uma sociedade solidária’.
RJM/LFS