«É uma semana em que toda a rede Cáritas em Portugal tem a oportunidade de mostrar o seu trabalho» – Hugo Coelho
Lisboa, 14 mar 2025 (Ecclesia) – A Cáritas Portuguesa, com a sua rede diocesana e paroquial, vai assinalar a semana nacional 2025, a partir deste domingo, e convida a sociedade, cada pessoa que ‘envolva-se’, com tempo ou um donativo, de 16 a 23 de março.
“É uma semana em que abrimos portas, em que mostramos o nosso trabalho. São 20 Cáritas Diocesanas e em todo o país existem inúmeras atividades, aproveitamos como forma de visibilidade; esta semana é também de mobilização, apelamos à população em geral para apoiar a Cáritas”, explicou Hugo Coelho, colaborador da Cáritas Portuguesa, esta sexta-feira, em entrevista à Agência ECCLESIA.
Já Leandro Soares assinala que a resposta da Cáritas “é muito diversa”, e pelos territórios, onde está a organização de solidariedade da Igreja Católica em Portugal, “adapta-se àquela realidade”.
“Em 2024, a rede Cáritas, as 20 Cáritas Diocesanas, realizou mais de 120 mil atendimentos, percebe-se que há uma necessidade grande num país tão pequeno como Portugal, com tantas organizações a atuar, há muitas, muitas respostas e muitas necessidades”, acrescentou o colaborador da Cáritas Portuguesa.
‘Envolva-se’, é a palavra-chave da Cáritas Portuguesa para esta Semana Nacional 2025, de 16 a 23 de março, vão ter várias publicações, este domingo, vão “lançar um estudo”, programas dinamizados pelas Cáritas nas diferentes localidades [Cáritas Diocesana de Lisboa], com “mercados e feiras para dar a conhecer e recolher donativos”, “portas abertas”, os voluntários e dirigentes, “municípios e empresas que doam”, também palestras, algumas organizadas pelos grupos Cáritas Jovens.
Leandro Soares realça que a juventude “é uma prioridade na rede Cáritas”, e explica que os jovens participam, por exemplo, “nos peditórios durante a Semana Nacional Cáritas”, mas na Cáritas Portuguesa sabem que “o jovem pode apoiar de outras formas” e têm-nos trazido “para papéis de protagonismo dentro da rede Cáritas”.
“Dando aos jovens a oportunidade de serem voluntários e valorizando para que tragam aquilo de bom e aquilo que eles têm como experiência de vida; perto de onde o jovem vive existe uma Cáritas, e ele pode oferecer aquilo que tem de melhor”, desenvolveu o colaborador da Cáritas Portuguesa, no Programa ECCLESIA, transmitido hoje, dia 14 de março, na RTP2.
O entrevistado Hugo Coelho destaca também desta Semana Nacional Cáritas o evento ‘Retrato da Pobreza em Portugal e na Europa: da Realidade à Esperança’, onde vão atualizar os dados sobre a “Pobreza e Exclusão Social em Portugal”, no dia 18 de março (terça-feira), a partir das 09h30, no auditório da estação Alto dos Moinhos, do Metropolitano de Lisboa.
“Vamos ter a intervenção da Cáritas Europa, a secretária-geral [Maria Nyman, ndr], a nossa presidente, a doutora Rita Valadas, vai apresentar os propósitos da Semana Cáritas, e fazer um retrato da nossa intervenção; vamos apresentar os públicos-alvo – desde atendimento a vítimas de violência doméstica, pessoas em situação de sem-abrigo, comunidades terapêuticas, crianças e jovens, idosos, emigrantes”, acrescentou.
A Semana Nacional Cáritas é também uma oportunidade para esta rede solidária da Igreja Católica em Portugal apelar “a população em geral para apoiar a Cáritas”, com o habitual Peditório público de rua, realizado por “voluntários em espaços públicos, nas paróquias, em supermercados”, “mais de cinco mil voluntários em todo o país”.
“O financiamento é necessário, muitas vezes, os fundos de governos ou candidaturas, não é suficiente, e esta é uma forma de qualquer pessoa poder apoiar, poder reforçar, nós costumamos dizer que ‘onde há necessidade há Cáritas’, acrescentou Hugo Coelho, indicando que existem outros meios para apoiar, e podem ser consultadas na página online da Cáritas Portuguesa.
Na sua mensagem para esta semana, o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, D. José Traquina, alertou para o “distanciamento, desinteresse ou indiferença” de muitas pessoas perante os problemas sociais, apelando ao compromisso de todos os cidadãos e comunidades católicas.
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