«Há, fruto desta pandemia, também uma crise de tesouraria nos cofres das paróquias e da própria diocese» – Luís Galante
Faro, 16 out 2021 (Ecclesia) – A Diocese do Algarve está a dinamizar uma campanha de recolha de donativos online para “sustentação da Igreja” – paróquias, Seminário de Faro, o jornal ‘Folha do Domingo’ – por causa da diminuição das ofertas.
“A pandemia do Covid-19 contribuiu para que houvesse uma grande redução das ofertas e dos contributos dos fiéis para a Igreja”, explicou o ecónomo da Diocese do Algarve, citado pelo jornal ‘Folha do Domingo’.
O diácono Luís Galante aponta para o efeito das suspensões das celebrações eucarísticas dominicais, encerrando as “igrejas por duas vezes durante vários meses”.
Depois da reabertura, existiu uma “acentuada diminuição da frequência dos fiéis”, a que somou a redução do número de celebrações e sacramentos, como casamentos e batismos.
“O que faz com que as paróquias e a própria diocese tenham uma grande redução dos seus rendimentos, fruto das esmolas dos fiéis, e as suas obrigações, compromissos e despesas mantêm-se fixas, inalteráveis”, referiu Luís Galante.
O ecónomo da Diocese do Algarve afirma que “há, fruto desta pandemia, uma crise de tesouraria nos cofres das paróquias e da própria diocese”.
Sobre a recolha de donativos para a “sustentação da Igreja” Católica no Algarve, o responsável explica que pensaram nesta forma de donativo, “que pode ser feito online através do multibanco ou de uma transferência bancária a partir do site da diocese”, para “obviar a ausência dos fiéis na igreja”, mas muitos continuam “a assistir às celebrações online ou através da televisão”.
Quem quiser pode contribuir com “algum donativo” destinado à sua paróquia – de residência, de onde são naturais ou onde foram batizados -, “onde têm as suas memórias”, “a partir de qualquer ponto do mundo onde estejam”, por multibanco ou por transferência bancária.
Os donativos podem ser também para a estrutura diocesana, para o Seminário de Faro, que “é uma escola de formação de futuros sacerdotes e que também precisa de ser ajudado”, ou para o jornal ‘Folha do Domingo’.
Luís Galante lembra que “os órgãos de comunicação social, basicamente, vivem da publicidade” e o jornal da diocese tem sido afetado pela quebra do setor.
CB/OC