Solidariedade: Caritas considera que Plano de Emergência deixa por resolver causas da pobreza

Misericórdias esperavam maior colaboração no plano da saúde

Lisboa, 05 ago 2011 (Ecclesia) – O presidente da Caritas Portuguesa saudou hoje a apresentação do Programa de Emergência Social (PES) do atual Governo, mas deixou claro que este plano é “um recurso” e não a solução para as causas da pobreza.

“Um Programa de Emergência Social, só por si, não vencerá as causas estruturantes da pobreza, é apenas um recurso. E, portanto, há que estar numa estreita articulação com Ministérios como o da Economia, o da Educação, o da Saúde”, disse Eugénio Fonseca à RR.

Este responsável sublinha que é necessário “vencer esta crise assumindo o pagamento das dívidas, mas numa perspetiva de não deixar para trás investimentos que levem a um efetivo desenvolvimento de Portugal”.

Manuel Lemos, da União das Misericórdias Portuguesas, sublinha, por seu lado, que o PES é positivo e responde às “preocupações” manifestadas, mas lamenta que “no plano da saúde não se recorra igualmente ao setor social”.

“É algo que vale a pena refletir”, assinala.

O PES foi apresentado pelo ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, o qual afirmou que o mesmo deverá chegar a três milhões de pessoas e será desenvolvido em cinco áreas consideradas pelo Governo como essenciais: famílias, idosos, deficientes, voluntariado e instituições sociais.

Este plano vai custar 400 milhões de euros no primeiro ano e vigorará até dezembro de 2014, estando previstas avaliações semestrais.

RR/OC

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Agência ECCLESIA

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