União das Mutualidades Portuguesas estuda hipótese de «disponibilizar equipamentos à sociedade em geral», sobretudo na área da saúde
Lisboa, 25 out 2011 (Ecclesia) – O presidente da União das Mutualidades Portuguesas (UMP) defendeu hoje, em Lisboa, a importância dos valores mutualistas para o relançamento da economia nacional, durante um congresso intitulado “Responder às Crises por Caminhos Solidários”.
“Temos de fazer esta educação para não estarmos à espera que sejam os outros a resolverem os nossos problemas”, frisou Alberto Ramalheira, em declarações à Agência ECCLESIA, recordando que a história daquele movimento privado de proteção social sempre se regeu por uma lógica de “prevenção da precariedade” e de “privilégio dos mais necessitados”.
Atualmente com mais de 900 mil associados e 100 instituições espalhadas pelo país, a UMP está a estudar a possibilidade de “disponibilizar equipamentos à sociedade em geral”, sobretudo na área da saúde.
O “trabalho em rede” será outra das apostas daquele organismo, “de modo a que qualquer associado possa ser atendido e assistido em qualquer ponto do país”.
“Evidentemente estas coisas não acontecem de um momento para o outro mas estamos a preparar condições para esse efeito”, adiantou o presidente da UMP, assumindo que “por vezes” ainda há uma falta de “abertura ao outro”.
Alberto Ramalheira admitiu ainda que as associações mutualistas podem vir a desempenhar um papel cada vez mais relevante na sociedade, numa altura em que ganha força a hipótese de falência no atual sistema de Segurança Social.
“De facto, é expectável que as famílias tenham de construir uma previdência complementar e as associações mutualistas têm aqui um campo de eleição, porque foi assim que começaram”, recordou.
O Mutualismo tem como principal objetivo o auxílio mútuo das pessoas em situação de carência e o melhoramento das suas condições de vida.
A adesão é feita de forma voluntária e solidária, existindo um fundo comum gerado pelas quotizações dos mutualistas, o qual permite garantir o seu futuro, bem como o dos seus familiares.
JCP