Iniciativa decorreu entre os dias 7 e 10 de dezembro, sob o mote “O amor é a razão”
Portimão, 12 dez 2023 (Ecclesia) – A Mexilhoeira Grande, em Portimão, recebeu entre 7 e 10 de dezembro a 2ªedição do evento solidário “Natal na Vila”, que surgiu da necessidade de recuperar a essência desta quadra, deixando de lado o “consumismo”.
Ao longo de quatro dias e sob o mote o “Amor é a razão”, a vila acolheu várias atividades e momentos musicais, nomeadamente a chegada da Sagrada Família à Igreja, a atuação do coro de Santo Amaro de Oeiras e ainda um espetáculo de fogo de artifício.
Além destas atividades, a iniciativa, tal como na edição anterior, foi marcada pela vertente solidária, com a organização de uma campanha para ajudar Constança, uma menina de cinco anos, diagnosticada com uma síndrome rara, a pagar os tratamentos para conseguir andar, falar e comunicar, tendo sido angariados três mil euros.
Na origem do “Natal na Vila” estão Inês Ildefonso e os pais, que idealizaram o projeto que, em 2022, se concretizou, com o apoio da paróquia da Mexilhoeira Grande.
“Nós queríamos realmente reavivar o verdadeiro sentido do Natal. Deixar um pouco de parte esta parte comercial, este Natal todo muito à volta do consumismo. E de alguma forma, queríamos tentar ajudar o que é nosso, os nossos comércios, os nossos habitantes. E fazer realmente a diferença, pelo menos nesta época, que para nós cristãos realmente é muito especial”, referiu Inês, em entrevista à Agência Ecclesia.
O objetivo passa por mostrar também “o amor de Jesus, a maneira com que ele consegue transformar vidas e com que ele consegue unir pessoas e com que nós conseguimos, através das nossas vidas, fazer a diferença na vida de tantas pessoas”, indicou.
A iniciativa realizou-se pela primeira vez no ano passado e ganhou “grandes proporções” levando à criação da associação Investir Na Comunidade com Amor (INCA), da qual Inês é presidente.
A entrevistada explica que o projeto começou com um grupo de amigos e que foi crescendo com o apoio de empresas, habitantes da terra, junta de freguesia e paróquia, sendo também uma oportunidade para os comerciantes locais divulgarem os seus projetos.
“As pessoas têm estado num espírito de comunhão, de entreajuda. E realmente é isto que nós queríamos com a nossa festa. Nós não queríamos só fazer mais uma festa igual a tantas outras que existem e tão boas e melhores que as nossas. Nós queríamos mesmo trazer algo diferente. E nós estamos muito orgulhosos, porque acho que foi isso. E é isso que se tem sentido nas nossas festas: é o amor, é a união, a comunhão entre todos aqueles que cá têm nos visitado”, acrescentou.
LJ/OC