Fundação católica registou aumento de donativos em Portugal e a nível internacional
Lisboa, 04 jul 2016 (Ecclesia) – O secretariado português da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) anunciou hoje em 2015 financiou “6209 projetos em mais de 140 países”, graças a um crescimento de donativos a nível internacional que também foi registado em Portugal.
Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, a AIS explica que em Portugal se registaram “quase 2,6 milhões de euros em donativos”, o que representou um aumento de cerca de 17% face a 2014, representando um “forte crescimento” em relação a anos anteriores.
A diretora da Fundação AIS em Portugal, Catarina Martins, destacou a importância dos resultados obtidos a nível nacional que “comprovam” a “extraordinária generosidade dos benfeitores portugueses perante o sofrimento de tantas comunidades cristãs espalhadas pelo mundo”.
A nível internacional, a AIS também registou um aumento da ajuda e assegurou o “financiamento de 6209 projetos, em mais de 140 países”, sendo uma parte “substancial” destinada a países do Médio Oriente e de África – zonas “mais” do que duplicou e na “Síria triplicou” -, “regiões onde os cristãos têm sido particularmente perseguidos, expulsos e marginalizados”.
“Ultrapassando os 124 milhões de euros, aproximadamente mais 15% do que em 2014, o ano de 2015 registou o montante mais elevado de recolha de donativos de toda a história da Fundação AIS”, contextualiza Catarina Martins.
“Parte considerável da ajuda recolhida destinou-se ao apoio direto às comunidades cristãs do Próximo e Médio Oriente, onde milhares de pessoas têm sido flageladas pela guerra e por organizações jihadistas como o autodenominado ‘Estado Islâmico’”, acrescenta.
A fundação pontifícia a nível mundial ajudou projetos de construção ou de reconstrução de seminários, capelas, igrejas e catedrais, destruídos por causa da guerra ou de atos terroristas, mas também regiões assoladas por calamidades naturais e ainda o apoio para meios de transporte com a “distribuição de centenas de automóveis, motas, bicicletas e barcos”.
A nível humano, a ajuda direta a pessoas realizou-se também no apoio a “mais de 11 mil seminaristas”, sendo a AIS responsável pelo “suporte de um em cada 10 seminaristas em todo o mundo”; também 10 mil e 240 irmãs foram auxiliadas através de projetos de formação ou a nível de subsistência.
O secretariado português da AIS destaca que quanto “mais verbas recolhidas, mais projetos apoiados” sobre a cadeia de solidariedade que “cresce de ano para ano”.
a fundação católica lançou a campanha internacional ‘Seja a Misericórdia de Deus’, em junho, em resposta ao desafio do Papa Francisco que pediu “a todos os homens e mulheres de boa vontade” que se faça uma obra de misericórdia “em cada cidade, em cada diocese, em cada associação”.
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre é uma organização dependente da Santa Sé que tem como objetivo apoiar projetos, de “cunho pastoral”, em países onde a Igreja Católica passa por dificuldades e foi fundada em 1947 pelo padre Werenfried van Straaten, inspirado na mensagem de Fátima.
CB/OC