Padre Lino Maia lidera única lista a sufrágio e espera reforçar «união e consenso» dentro do organismo
Porto, 31 jan 2015 (Ecclesia) – A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNIS) vai hoje a votos com um congresso eleitoral que deverá marcar a reeleição do padre Lino Maia à frente daquele organismo.
A iniciativa está a decorrer no Seminário do Verbo Divino, em Fátima, e a tomada de posse dos novos órgãos sociais está prevista para as 17h00, refere a CNIS numa nota publicada no seu site oficial.
O padre Lino Maia encabeça a única lista apresentada a sufrágio, avançando assim “para o seu quarto mandato”.
Apesar de apenas ter sido apresentada uma candidatura, algo inédito nos últimos anos, “os dirigentes da CNIS esperam uma forte participação nas eleições", por parte das diversas instituições sociocaritativas espalhadas pelo país, de forma a “demonstrarem a força da Confederação”.
Recorde-se que a CNIS, com sede no Porto, representa atualmente cerca de 2800 IPSS, que empregam mais de 200 mil trabalhadores e significam, em conjunto, mais de 70 por cento das respostas sociais em Portugal asseguradas pelo designado sector da economia social solidária.
Em entrevista ao jornal oficial da CNIS, o “Solidariedade”, o padre Lino Maia traçou como um dos seus objetivos, caso seja reconduzido no cargo, reforçar a “união e o consenso” dentro do organismo.
“A CNIS não é Porto, Lisboa ou Algarve. O melhor serviço que podemos prestar às instituições neste momento é um serviço de comunhão e unidade. Há muitas frentes para combater e não devemos perder tempo em querelas pessoais e ânsias de protagonismo porque não é isso que nos caracteriza”, frisou o sacerdote.
Manifestou ainda a intenção de fortalecer a cooperação com os ministérios da Saúde, da Educação e da Segurança Social e Emprego, depois do compromisso assinado em 2014.
Foi “um grande passo” mas espera que no futuro “haja uma melhor coordenação entre os ministérios dos assuntos sociais”.
“Para a cooperação percebeu-se que era importante que os ministérios se unissem para que ao povo português fossem dadas mais respostas coordenadas”, salientou o padre Lino Maia, que defende como próximo passo “a criação de uma nova Lei de Bases para a Cooperação”.
“As instituições de solidariedade prestam serviço público. Implementam e tornam possíveis direitos sociais. O que produzem são bens imateriais e públicos. Tem que haver uma lei de Bases para a Cooperação que de uma vez por todas diga isto”, concluiu.
A lista que o padre Lino Maia escolheu para liderar os destinos da CNIS durante os próximos quatro anos tem como presidente adjunto João Carlos Gomes Dias, da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Lisboa.
Inclui, entre outros, elementos de IPSS de Bragança, Braga, Castelo Branco, Aveiro, Santarém e Algarve.
CNIS/JCP