“O sofrimento da humanidade, em qualquer tempo, circunstância e lugar” pode entrar em “comunhão, com o sofrimento de Cristo a caminho do Calvário”, disse D. António Carrilho a propósito da Procissão que este Domingo à tarde percorreu algumas ruas do Funchal.
“O significado profundo desta Procissão enquadra-se em pleno tempo quaresmal e recorda momento dolorosos entre Maria, representando toda a humanidade, e Cristo no caminho da cruz”, a quem podemos “confiar todos os nossos sofrimentos”, explicou.
Ainda segundo o Bispo do Funchal, “no caminho da cruz apontamos a esperança para a Ressureição e todo o tempo quaresmal, com o convite à penitência e à conversão coloca-nos diante dos olhos, e em projecto, a meta final desse caminho” que é “a consciência e o coração renovados”.
O objectivo é “fazer imensas coisas, uma nova sociedade e contribuir para a civilização do amor”, disse em breves declarações ao “Jornal da Madeira”.
Nestas circunstâncias, também se pode “transpor o encontro de Cristo com a sua Mãe para a realidade actual, em qualquer tempo e lugar, para as situações concretas em que as pessoas vivem.”
“No coração das pessoas está este sofrimento que se entrega; e todos os anos, nesta Procissão, recordam-se os mesmos passos, o mesmo projecto de comunhão com o sofrimento de Cristo redentor”, sublinhou.
Na sua mensagem, D. António Carrilho deixou ainda “uma palavra de esperança, de conforto e solidariedade para todos quantos estão a sofrer”, nomeadamente as pessoas e famílias madeirenses mais afectadas pelo recente temporal.