Tema em destaque na mais recente edição do Semanário ECCLESIA
Lisboa, 07 nov 2014 (Ecclesia) – O comentador Nuno Rogeiro diz que os atentados contra a liberdade religiosa são próprios de “sistemas que desejam destruir a individualidade” para abrir caminho aos caprichos de um Estado, de um senhor ou grupo dominante.
Num texto publicado na edição mais recente do Semanário ECCLESIA, o especialista em relações internacionais salienta que enquanto a “religião (ou a capacidade de a questionar) é uma extensão inteligente do ser”, a liberdade religiosa “é a principal proteção da identidade do indivíduo”.
Porque é “na possibilidade de interrogar a vida” e de buscar respostas para “a pergunta primeira”, a questão de Deus, que o Homem se “realiza” na sua plenitude, em “corpo e espírito”.
Sem estas duas premissas, acrescenta Nuno Rogeiro, o Homem transforma-se num ser “vazio, parcial, cortado, irreconhecível ao espelho da alma, mesmo que impresso num passaporte ou bilhete de identificação”, por conseguinte, “o sonho último das tiranias”.
Para o comentador, esse “homem parcial, ser não livre”, não é mais do que “um destroço”.
E a humanidade destroçada é uma forma de morte em vida”, conclui.
Já o jornalista António Marujo considera essencial não deixar cair da memória aqueles que foram, e continuam hoje a ser, vítimas da intolerância e discriminação religiosa, como a paquistanesa Asia Bibi.
Segundo o comunicador, “recordar” casos como o daquela mulher cristã, sobre quem pesa há cinco anos a pena de morte, é uma forma de dar “nome e rosto” à “tragédia” que é hoje a “violência extremista” na sociedade, sobretudo no Médio Oriente
É também “uma forma de dizer que a consciência de cada pessoa é o mais sagrado que há. E que é possível um mundo onde a norma seja o respeito pela consciência”, sublinha o jornalista.
JCP