Fátima, 24 nov 2017 (Ecclesia) – O secretário-geral da Organização Mundial de Turismo (OMT), Taleb Rifai, disse em Fátima que as viagens motivadas por fins religiosos e culturais têm um forte impacto na pacificação da sociedade.
“Não há nada mais eficaz do que as pessoas se encontrarem, ficar lado a lado, comendo, partilhando histórias, memórias. Isso supera todos os estereótipos, não se podem nutrir sentimentos de ódio ou ressentimento em relação a pessoas que visitamos”, referiu aos jornalistas.
Para Taleb Rifai, “quanto mais as pessoas viajarem, melhor será este mundo”.
O responsável falava no final do Congresso Internacional de Turismo Religioso e Peregrinação, que decorreu até quinta-feira no Centro Pastoral Paulo VI, Fátima.
“Há um poder de nos juntar, como Fátima fez”, acrescentou.
O secretário-geral da OMT sublinhou o crescimento dos números ligados ao turismo religioso, considerando que este não pode ser separado do turismo cultural, por fazer parte da “autenticidade, do caráter” das comunidades visitadas.
“Há algo em comum: todos nós precisamos de uma fé, precisamos de algo em que acreditar. A fé, a necessidade de pertencer a algo, é uma necessidade humana”, precisou Taleb Rifai.
O congresso internacional juntou, durante dois dias, mais de mil pessoas ligadas ao sector.
O presidente da Câmara de Ourém fez um balanço “extremamente positivo” dos trabalhos, durante os quais foi levantada a questão de investir mais em Fátima.
Luís Albuquerque reconheceu que “as acessibilidades em Fátima não são as melhores” e pede “que o Governo se envolva”, reconhecendo o papel que a Cova da Iria assume no turismo nacional.
O autarca disse ainda aos jornalistas que está empenhado em melhorar as relações com o Santuário, ajudando a levar ao maior número de países o nome de Fátima.
Os trabalhos contaram com uma intervenção do reitor do Santuário, padre Carlos Cabecinhas, que apresentou a Cova da Iria como o “mais significativo destino de turismo religioso português”.
HM/OC