Sociedade: Religiosa da Comissão de Apoio à Pessoa Vitima de Tráfico revela complexidade de problema global

Lisboa, 02 jan 2015 (Ecclesia) – A irmã Isabel Balbino, Franciscana Missionária de Maria, explica o caminho que tem percorrido na Comissão de Apoio à Pessoa Vitima de Tráfico para perceber a “dimensão” de um problema global que “tem de implicar a todos”.

“Percebemos que não é algo que está definido num sítio, são estas pessoas, estes parâmetros e que não é fácil diagnosticar e atacar”, refere a irmã à Agência ECCLESIA em contexto da mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz.

Enfermeira de formação, a jovem freira contextualiza que o tráfico de pessoas “não é uma constipação” que tem um agente e local específico no qual se pode “usar um medicamento específico”.

“Há um problema de base muito grande”, observa a irmã Isabel Balbino que confessa a frustração por ser uma situação com “muitas pontas soltas” que causa “dificuldade em ser eficaz”, em conseguir ver resultados das atuações.

“Se o problema é global tem de nos implicar a todos”, alerta a religiosa inspirada na mensagem do Dia Mundial da Paz – Já não escravos, mas irmãos.

A interlocutora revela que na Comissão de Apoio à Pessoa Vitima de Tráfico, com ajuda de 11 irmãs, caminha no sentido de “perceber qual é a dimensão” do tráfico e ao mesmo tempo não se “perder nessa complexidade e abrangência”.

Francisco considera que o tráfico é como um flagelo, uma ferida e a irmã Isabel Balbino acrescenta que só a fraternidade o pode curar condenando o “desprezo” das pessoas que “escorrega facilmente no sentido da indiferença”.

“Ver o outro, olhá-lo como ser humano, ver a dignidade que lhe é própria, sorrir-lhe, ainda que não tenhamos outra alternativa mas aproximarmo-nos dessa situação”, incentiva a religiosa na entrevista à Agência ECCLESIA.

A entrevistada alerta ainda que a questão da dignidade, como refere o Papa na mensagem, pode começar em casa com “explorações subtis” como também “nos trabalhos, nas paróquias”.

“Um grande estímulo e lufada de ar fresco”, é desta forma que a jovem professa do Instituto das Franciscanas Missionárias de Maria comenta o destaque do Papa Francisco ao trabalho das congregações religiosas, especialmente femininas, no combate ao tráfico de pessoas.

SN/CB

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Agência ECCLESIA

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