«Não existe nada que justifique a violência», diz Eugénio Fonseca
Lisboa, 22 jan 2019 (Ecclesia) – O presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, considerou como “condenáveis” os incidentes que ocorreram esta madrugada no Bairro da Bela Vista (Setúbal) e disse que os autores têm de “ser responsabilizados e penalizados”.
“As atitudes de violência tanto de uns como de outros não resolvem nada”, disse à Agência ECCLESIA Eugénio Fonseca à margem da audição pública sobre o Pacto Global para as Migrações, que decorreu na Assembleia da República, em Lisboa.
Três cocktails molotov foram lançados hoje de madrugada contra a esquadra da PSP no bairro social da Bela Vista.
A PSP diz não ter, pelo menos por enquanto, elementos que permitam relacionar o incidente ocorrido na esquadra da Bela Vista com a manifestação e os desacatos ocorridos segunda-feira em Lisboa, em protesto contra a alegada violência policial no bairro da Jamaica, no Seixal, durante uma ocorrência no passado fim de semana.
Para o presidente da Cáritas Portuguesa, natural de Setúbal, “não se pode entrar no jogo” de dizer que “a culpa só está num lado”.
Eugénio Fonseca defende ser fundamental “perceber e estudar” qual a razão destes atos de violência, propondo “pedagogia” no tratamento público destes problemas, para que estes não gerem “fluxos de ricochete”.
Os atos ocorridos – tanto no Bairro da Bela Vista como no Bairro da Jamaica – são vistos pelo responsável da organização católica como “uma tentativa de medir forças entre a segurança e alguns grupos”,.
“Não existe nada que justifique a violência”, concluiu Eugénio Fonseca.
Os elementos de serviço na esquadra da Bela Vista conseguiram a apagar as chamas provocadas pelos três artefactos lançados, cerca das 03h00, contra a esquadra da Bela Vista.
LFS/OC