Sociedade: Papa realça que «cultura da não-violência não é um sonho inatingível»

Francisco associou-se a campanha pela paz nos EUA por ocasião dos 49 anos da morte de Martin Luther King

Cidade do Vaticano, 7 abr 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco associou-se a uma campanha contra a violência, da Arquidiocese de Chicago, nos Estados Unidos da América, por ocasião do 49.º aniversário da morte de Martin Luther King.

Numa carta enviada ao arcebispo de Chicago, o cardeal Blasé J. Cupich, o Papa argentino cita a figura de Martin Luther King, imortalizada pelo seu empenho a favor dos direitos humanos e civis da comunidade negra nos EUA, e contra o racismo e a discriminação.

“A humanidade tem de evoluir para uma era onde os conflitos sejam resolvidos sem recurso à vingança, à agressão e à retaliação. A base deste método é o amor”, lembrou Francisco.

 De acordo com a mesma mensagem, publicada hoje pela Rádio Vaticano, o Papa incentivou todas as pessoas “a atualizar as palavras proféticas de Luther King”, com a certeza de que “a cultura da não-violência não é um sonho inatingível, mas um caminho que já produziu frutos decisivos”.

“Seguir a via da paz nem sempre é fácil, mas é a única resposta autêntica à violência”, salientou.

A campanha contra a violência, da Arquidiocese de Chicago, termina na Semana Santa da Páscoa, mais concretamente na Sexta-feira Santa, dia 14 de abril, com uma marcha pela paz.

Na sua missiva, Francisco realça a proximidade na oração com a “bela cidade” de Chicago, e faz votos de que esta “nunca perca a esperança” mas “trabalhe em conjunto na construção da paz, mostrando às futuras gerações o verdadeiro poder do amor”.

O Papa recordou todos quantos naquela região “perderam entes queridos devido a atos de violência” e exortou as pessoas a rejeitarem toda e qualquer forma de exclusão, baseada em “fatores étnicos, económicos e sociais”.

“Temos de rejeitar esta exclusão e marginalização, e não olhar para determinado grupo como ‘os outros’, mas sim como nossos irmãos e irmãs. Esta abertura de coração e de mente tem de ser ensinada em cada casa e escola”, completou.

Martin Luther King morreu a 4 de abril de 1968, aos 39 anos de idade, em Memphis, no Tennessee, vítima de assassinato no hotel onde estava hospedado.

Em 1964, o ativista negro tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Prémio Nobel da Paz.

JCP

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Agência ECCLESIA

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