Sociedade: Papa Francisco «faz falta à Igreja e, principalmente, à humanidade» – Jorge Gabriel

Apresentador de televisão lançou no Porto livro «Conversas em altos voos» da jornalista Aura Miguel

Porto, 20 abr 2017 (Ecclesia) – Jorge Gabriel, apresentador de televisão, considera que o livro ‘Conversas em altos voos. Encontros e entrevista com o Papa Francisco’, da jornalista Aura Miguel, deve ser “objeto de consulta e de leitura” para se perceber “melhor a mensagem” do pontífice.

“Podemos, através das palavras do Papa Francisco, perceber que muitas vezes a simplicidade é sinónimo de assertividade. É isso que retenho não só cada vez que o ouço, cada vez que o leio mas pude constatar nesta obra”, disse esta quarta-feira, na Torre dos Clérigos, no Porto.

À Agência ECCLESIA, Jorge Gabriel destacou do pontífice argentino a “utopia de ter Uma igreja pobre” que “muito norteia”.

Para o apresentador de televisão, o Papa Francisco tem a “capacidade incrível”, que a maior parte das pessoas “também dispõe”, que é de “através dos atos demonstrar a capacidade de amar o próximo” e de cada um preocupar-se com os outros.

“Não chega só nos consternarmos, nos entristecermos cada vez que padecemos face a alguma infelicidade de alguém. É preciso arregaçar as mangas e passar à prática, são esses os alertas que o Papa Francisco permanentemente produz e são os seus atos que nos levam a ganhar impulso para repetir aquilo que ele diariamente nos proporciona”, desenvolveu.

O apresentador para além de realçar que Francisco é uma personalidade que “faz falta à Igreja mas faz falta, principalmente, à humanidade”, assinalou a “audácia” de Aura Miguel.

Jorge Gabriel destacou que no livro ‘Conversas em altos voos. Encontros e entrevista com o Papa Francisco’ está também retratada a “personalidade típica de um português que tenta tudo o que estiver ao seu alcance para obter os seus proveitos”.

D. Pio Alves, bispo auxiliar do Porto e presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais presidiu à apresentação da obra na Torre dos Clérigos e destacou duas notas que “na prática são coincidentes” da jornalista da Rádio Renascença e do Papa.

Sobre Francisco assinalou a “naturalidade, a facilidade de estar com todas as pessoas” e da vaticanista portuguesa o facto de “falar de tanto à-vontade de coisas tão pessoais que são desconhecidas do grande público”.

À Agência ECCLESIA, D. Pio Alves afirmou que quanto aos conteúdos o Papa argentino “está na continuidade” dos Papas anteriores e da “assunção daquilo que é a doutrina da Igreja, a doutrina de Jesus Cristo para a sociedade”.

“Evidente que tem o seu modo muito pessoal de estar que facilitou e facilita a entrada no coração de tantas pessoas em todo o mundo, de todas as classes sociais, de modo particular pessoas que por uma ou outra razão podiam estar afastadas da Igreja”, desenvolveu o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.

O livro revela “alguns bastidores e colorido do que é andar ao lado do Papa”, que as pessoas “gostam sempre de saber”, e Aura Miguel se calhar ainda guardou “alguma na manga para contar”.

“Este Papa está sempre a surpreender e é incontrolável, nunca sabemos o que decide fazer, inovar, surpreende a toda a hora e isso também é bom sinal”, comentou ainda vaticanista há 30 anos à Agência ECCLESIA sobre o Papa “muito mariano” que ter à espera muitas pessoas que “desejam encontrá-lo, trocar o olhar com ele”.

Com a chancela da Paulus Editora, a obra conta com o prefácio de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, e a entrevista que Papa Francisco concedeu à Rádio Renascença a 8 de setembro de 2015.

CB

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