O coordenador da Comissão para uma Política de Natalidade participou no II Encontro Nacional de Leigos, no Porto
Porto, 24 jan 2015 (Ecclesia) – O coordenador da Comissão para uma Política de Natalidade, disse hoje no II Encontro Nacional de Leigos que é preciso “remover os obstáculos à natalidade” e não ter medo de falar da família no espaço público.
Joaquim Azevedo trouxe a preocupação da “grave crise de natalidade”, onde os valores descem há 30 anos e não dependem apenas da crise económica.
“Trata-se de crise de valores, opções e formas de encarar a vida que coloca em crise a natalidade e agravou-se muito nos últimos quatro anos e não se recuperam os filhos que não se teve" por isso é "preciso apoiar as famílias e remover os obstáculos à natalidade”, defendeu o professor universitário no painel onde participou sob o tema “Na Família Humana”.
Segundo o professor universitário, em Portugal os casais em idade fértil afirmam querer ter uma média de 2,3 filhos e isso “seria suficiente para renovar as gerações”.
“A proposta em Portugal tem de passar por oferecer às famílias o que elas precisam: melhorar os rendimentos, harmonizar a relação trabalho-família e dar apoio nas creches”, afirmou.
O coordenador da Comissão para uma Política de Natalidade alertou ainda para a ideia de Portugal caminhar para o envelhecimento e ser necessário uma política que enfrente esta questão.
“Neste tempo de robotização do ser humano, onde a maior empresa da Humanidade é a família, merece um destaque, e nós temos muito medo de a colocar no espaço público porque isso é estar em conflito permanente e eu digo que não temos nada de ter medo!”, afirmou.
Na sua intervenção Joaquim Azevedo chamou a atenção para as consequências desta crise “que não são imediatas mas que é desde já grave” e que o mundo evoluiu tanto que é preciso encontrar outras respostas”.
O II Encontro Nacional de Apostolado dos Leigos (ENL) decorre no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, sábado, dia 24, sobre o tema “Recolocar o Homem no centro da sociedade, do pensamento e da vida".
PR/SN