Diretor do Secretariado Nacional da Pastoral Social assinala data instituída pelas Nações Unidas
Lisboa, 05 set 2017 (Ecclesia) – O diretor do Secretariado Nacional da Pastoral Social, da Igreja Católica em Portugal, afirma que o Dia Internacional da Caridade, celebrado hoje, é uma proposta e “provocação” para “todo o cidadão de todos os países, crentes ou não crentes”.
“É uma provocação a nós todos, e à Igreja Católica em particular, para não termos a ideia de que temos o exclusivo da caridade, felizmente, mas em prestigiar aquela atitude que é a atenção aos mais frágeis e a opção preferência pelos pobres”, disse o padre José Manuel Pereira de Almeida à Agência ECCLESIA.
O Dia Internacional da Caridade foi instituído pela ONU – Organização das Nações Unidas, em 2012, através da Resolução 67/105, assinalando-se anualmente a 5 de setembro na data da morte de Madre Teresa de Calcutá (1910-1997).
O Papa Francisco recordou hoje a santa, através da rede social Twitter: “Como Madre Teresa, abramos horizontes de alegria e de esperança por tanta humanidade desanimada e necessitada de compreensão e de ternura”.
O padre José Manuel Pereira de Almeida sublinha que na figura de Madre Teresa as Nações Unidas indicam um exemplo do que é “a solicitude pelos mais fracos, não é todos os exemplos, não é tudo o que se pode fazer”.
“Caridade em português facilmente resvalamos para a caridadezinha e fazer bem ao pobre desde que o pobre seja pobre para continuar a fazer bem”, desenvolveu, em entrevista ao programa ECCLESIA que é transmitido hoje na RTP2 (15h00)
Neste contexto, o diretor do Secretariado Nacional da Pastoral Social assinala que o outro que precisa de ajuda não é “só o destinatário do agir” de cada pessoa mas, sobretudo, “parceiro, mesmo protagonista da sua libertação”.
“Os pobres têm voz, nós é que muitas vezes não os ouve, não tem ouvidos para ouvir”, alerta, sobre o acompanhar o seu “processo de libertação de fragilidade” que é o grande desafio que Madre Teresa “simboliza magnificamente”.
A caridade “abrange todos”, frisa o padre José Manuel Pereira de Almeida, observando que em inglês poderia utilizar-se termos “mais próximos da filantropia ou da beneficência”.
“Em rigor, é um nome forjado a partir do latim para dizer o amor que se dá sem esperar recompensa”, realça.
Madre Teresa de Calcutá, religiosa que se distinguiu pelo serviço aos pobres, foi canonizada pelo Papa Francisco, a 4 de setembro de 2016, no Vaticano, e recebeu o Prémio Nobel da Paz, em 1979.
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