Sociedade: D. José Ornelas pede «compromisso ativo» de todos no combate ao «flagelo dos incêndios»

Presidente da Conferencia Episcopal Portuguesa apelou a «medidas estruturais» e «esforço partilhado» para cuidar da «Casa Comum»

NUNO ANDRÉ FERREIRA/LUSA

Leiria, 29 ago 2022 (Ecclesia) – D. José Ornelas pediu um esforço partilhado para a preservação do ambiente, lamentando os fogos que deflagraram em Portugal e apelando a uma mudança de hábitos e ao consumo “criterioso” da água e energia, num compromisso “ativo”.

“Especialmente nestes momentos de crise, agravados pela guerra que gera escassez de bens essenciais, todos nos devemos sentir solidários no esforço comum de preservar o ambiente, através da mudança de hábitos, a começar pelo uso criterioso dos bens preciosos e fundamentais como a água e a energia”, escreveu o bispo de Leiria – Fátima, numa nota pastoral publicada no site da diocese.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa pediu ainda que as autoridades “tomem medidas estruturais” para combater os incêndios e a degradação dos recursos naturais, afirmando ser também “imperioso” escutar os “avisos previdentes”.

“É necessário entender que o acentuar-se destes fenómenos extremos é resultado de um modo de vida que tem de mudar em todo o mundo, para defender o planeta que Deus nos deu para guardar e trabalhar – a nossa «casa comum», como diz o Papa Francisco – de modo a assegurar meios de vida dignos para todos”, pode ler-se.

D. José Ornelas lembra que a “responsabilidade cívica” depende de todos e lamenta que a “maioria dos fogos” tenha origem “na ação e na incúria humanas” colocando em causa “os bens de muitas famílias e empresas”, “casas e pessoas” e os “milhares de quilómetros quadrados do património florestal”.

O bispo de Leiria – Fátima dá conta da comunicação que tem mantido com “autoridades e paróquias” que foram atingidas pelos incêndios, procurando acompanhar as situações “gravosas” e assegurando a sua “amizade, solidariedade e oração” e apela para que “com força e inteligência” todos enfrentem o “flagelo dos incêndios” e se entendam capazes de “preservar os dons” para a vida atual e para a “vida das gerações” vindouras.

“Desejo igualmente exprimir especial gratidão aos responsáveis das Autoridades nacionais e autárquicas, da Proteção Civil, Forças de Segurança e Militares e sobretudo aos Bombeiros e Voluntários civis que têm sido incansáveis na defesa das vidas e habitações e na contenção deste flagelo”, afirmou.

LS

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