Audiência a Grupo ‘Cidades Património da Humanidade’ lembrou necessidade de ultrapassar fruição «artístico-cultural» para «integridade da pessoa», com «sofrimentos e anseios»
Cidade do Vaticano, 13 abr 2024 (Ecclesia) – O Papa Francisco lembrou hoje numa audiência ao grupo ‘Cidades Património da Humanidade’ que as cidades são locais de “homens e mulheres reais”, e que “mais do que peças de museu” são “lições de vida”.
“As situações históricas – com as suas luzes e sombras – falam-nos de homens e mulheres reais, de sentimentos autênticos, que devem ser para nós lições de vida, mais do que peças de museu. São os sofrimentos e os anseios dos povos que construíram as suas cidades ao longo do tempo, a mistura de culturas e civilizações que se sucederam e, naturalmente, a sua fé em Deus, que fazem pulsar o seu coração com paixão”, destacou Francisco numa breve mensagem publicada na Sala de imprensa do Vaticano.
O grupo, vindo de Espanha, escutou do Papa Francisco a “responsabilidade” do trabalho que realizam.
“O nosso interesse pelo património não pode permanecer na esfera artístico-cultural, mas deve ter uma perspetiva mais ampla, abrangendo a integridade da pessoa que recebe este legado e das pessoas que o transmitiram a nós”, centrou.
O Papa convidou a que a “contemplação” dos monumentos “permita a quem os habita e visita” interpelar-se pelas “lições de justiça e de temperança que cada situação histórica encerra” e, dessa forma, falar de “povos, de pessoas”.
“Que se sintam interpelados pelas lições de justiça e de temperança que cada situação histórica encerra. Assim falaremos de povos, de pessoas, de uma história que não se contempla, mas que se realiza, com um olho no passado e outro no futuro, para mantermos sempre as mãos no presente que nos interpela todos os dias”, finalizou.
LS
