Sociedade: «A guerra não é nunca a solução», lembra o cardeal D. Américo Aguiar

Bispo de Setúbal afirma numa nota episcopal que «a paz é possível» e apela as comunidades da diocese a «intensificarem a oração pela paz»

Foto: Agência ECCLESIA/LJ

Setúbal, 14 jun 2025 (Ecclesia) – O Bbispo de Setúbal publicou hoje a nota episcopal “A Paz é possível” impelido a “levantar a voz” para “clamar pela Paz” e afirmar que “guerra não é nunca a solução”.

“A dor dos povos dilacerados pela guerra, a angústia dos refugiados, o luto de famílias inteiras, o medo que se espalha nas nações… tudo isso nos interroga profundamente e exige de nós uma resposta clara, humilde e firme: a guerra não é nunca a solução”, afirma o cardeal D. Américo Aguiar no documento enviado hoje à Agência ECCLESIA.

O bispo de Setúbal lembrou as palavras do Papa João Paulo II que insistemente afirmava que a guerra “é sempre uma derrota” e que “o caminho da paz, mesmo que mais exigente e demorado, é o único verdadeiramente digno do ser humano”.

“Não podemos habituar-nos à guerra como se fosse inevitável”, acrescentou o cardeal português, lembrando que “a indiferença mata”.

“Chega de guerra”, afirmou em nome de “tantos homens e mulheres de boa vontade que, de todas as religiões e culturas”

O cardeal D. Américo Aguiar lembrou a “crescente escalada de violência”  e “os conflitos persistentes” entre a Rússia e a Ucrânia, Myanmar, Sudão do Sul, o “ciclo devastador de ataques entre Israel e a Palestina, e agora a guerra com o Irão” e “tantos outros conflitos”.

“Como bem disse o Papa Francisco, ‘estamos a viver uma terceira guerra mundial em pedaços’, sublinhou.

  1. Américo Aguiar pediu a todas as comunidades da Diocese de Setúbal para que “intensifiquem a oração pela paz”.

“Encorajamos ainda a educação para a paz nas famílias, nas escolas, nas paróquias e movimentos: uma cultura da paz que comece nos corações, cresça nas palavras e se concretize nas escolhas de cada dia”, acrescentou.

O bispo de Setúbal pediu aos responsáveis políticos que “ouçam o clamor dos povos e optem pela diplomacia, pelo diálogo e pelo desarmamento”.

“Que os crentes, particularmente os cristãos, sejam artesãos da paz – com coragem, com humildade e com esperança”, insistiu.

“Como Igreja, queremos ser sinal de reconciliação num mundo ferido. Com São João Paulo II, repetimos: ‘Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra!’”, concluiu o bispo de Setúbal na nota episcopal.

PR

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