Socidade: «Caminhada pela Vida» é «demonstração pública» de uma corrente «forte», para quem esta questão «é fundamental» – António Pinheiro Torres (c/vídeo)

12 cidades portuguesas vão caminhar este sábado por «todas as vidas humanas»

Lisboa, 27 mar 2025 (Ecclesia) – O vice-presidente da Federação Portuguesa pela Vida (FPV) afirmou que a caminhada vai decorrer este sábado no país é “uma demonstração pública de que existe na sociedade portuguesa uma corrente grande, forte, um movimento civil para quem” a defesa da vida “é fundamental”.

De norte a sul de Portugal, 12 cidades portuguesas – Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Faro, Funchal, Guarda, Lamego, Lisboa, Porto, Santarém e Viseu – vão caminhar “por todas as vidas humanas”, para “defender todos os seres humanos, principalmente, os mais fracos e os mais vulneráveis”, assinala a FPV.

“E até neste contexto agora pré-eleitoral, especialmente importante, que as ruas se encham de pessoas a dizer aos políticos e ao governo que nós necessitamos que a vida humana seja protegida e seja amparada”, refere António Pinheiro Torres.

A iniciativa, segundo o vice-presidente da entidade promotora, transmite a mensagem “da afirmação do valor da vida humana, do testemunho de um povo que todos os dias tenta ajudar as pessoas que se encontram em dificuldade e as famílias que se encontram perante situações” em que é necessária “ajuda para que a vida nasça ou então que a vida se conserve”.

Aludindo à mensagem do Papa ao Movimento Pró-Vida italiano, António Pinheiro Torres sublinha que é papel do “Estado dar resposta às necessidades das pessoas”.

“Trata-se de fazer justiça às pessoas, responder às necessidades que elas tenham, que dizia o Papa, quer no início da sua vida, quer na sua fase terminal. Nós não podemos deixar um doente abandonado, não podemos deixar uma pessoa no fim de vida abandonada”, destacou.

O vice-presidente da FPV ressalta que a iniciativa deste sábado “não se esgota na própria caminhada”, porque gera-se entre os participantes “uma relação de amizade e uma relação operativa que depois vai dando nascimento também a outras obras sociais”.

O Vaticano lançou no dia 24 de março um novo documento que apela à promoção de uma “verdadeira Pastoral da Vida Humana”, assinalando o 30.º aniversário da encíclica ‘Evangelium vitae’ (O Evangelho da vida), de São João Paulo II, em que desafiou os católicos a “promover iniciativas concretas que ofereçam alternativas concretas ao aborto, à fertilização in vitro, à eutanásia e ao suicídio”.

“É central na missão da Igreja Católica permitir que a vida exista. E portanto este é o ponto do qual parte esse documento da Santa Sé”, disse António Pinheiro Torres.

 

O patriarca de Lisboa e o bispo de Setúbal apelaram, em mensagens-vídeo, à participação na Caminhada Pela Vida.

Segundo D. Rui Valério, atualmente vive-se um tempo em que avida convida para a gratidão: “A vida é um dom, é um dom gratuito, incomensurável, é um dom que nós não construímos, mas que recebemos”.

“Estamos num tempo enfim em que a vida nos mobiliza para a missão e talvez esta terceira dimensão, suscitada pela vida, seja a mais pertinente e atual. Que significa missão hoje em dia? Significa necessidade de defender a vida, de protegê-la”, reforçou.

O patriarca de Lisboa dirige-se aos fiéis, recordando que participar nesta caminhada “é deixar-se envolver na missão de defender, de proteger e de promover a vida”.

Num vídeo gravado na Praça de Luís de Camões, em Lisboa, de onde parte, às 15h, a Caminhada pela Vida, o cardeal D. Américo Aguiar desafia “católicos, os cristãos, os homens e mulheres de boa vontade a darem testemunho” da vida que querem “plena”.

“Uma vida da conceção à morte natural e não uma sociedade que se queira enraizar, que se queira estruturar entre uma pílula do dia seguinte ou uma pílula do último dia”, realça.

O bispo de Setúbal refere que a Igreja “não impõe”, mas quer propor “a toda a sociedade”, a “todos os homens e mulheres de boa vontade”, “esta vida toda, esta vida plena, esta vida no coração de Deus, da conceção à morte natural”.

A “Caminhada pela Vida” surgiu em 1998 em Portugal, por ocasião do primeiro referendo do aborto e, em 2012, a Federação Portuguesa pela Vida tomou a decisão de a realizar anualmente.

HM/LJ/OC

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