O comité central do Conselho Mundial das Igrejas (CMI) voltou a abordar o problema da violência no Sudão, durante a assembleia que decorreu em Genebra, de 26 de Agosto a 2 de Setembro.
Desde 2003, “o conflito no Darfur provocou uma onda de violência descontrolada, que teve como resultado a morte de milhares de civis e uma imensa crise humanitária”, refere a “Declaração sobre a crise de Darfur no contexto do Sudão”, aprovada nesta Terça-feira.
O texto “condena as atrocidades em massa cometidas contra civis inocentes” e apela ao governo do Sudão que assuma a “responsabilidade plena de proteger os seus cidadãos”, sem qualquer género de discriminações. O documento pede que seja autorizada uma “assistência humanitária ininterrupta” que chegue a toda população em sofrimento.
O texto urge o governo de Cartum a cumprir os pactos que assinou, em especial o Acordo de Paz e Entendimento, firmado em 2005 com o Movimento/Exército de Libertação do Povo do Sudão. Por outro lado, insta as nações da África e a comunidade internacional a apoiar o processo de paz, “através de um diálogo construtivo com todas as partes envolvidas no conflito”.
O CMI expressa o seu reconhecimento pela assistência proporcionada pelas forças de paz das Nações Unidas e da União Africana.
O documento agradece ao número significativo de Igrejas do Sudão que promovem o diálogo inter-religioso e trabalham pela paz, justiça, reconciliação e respeito pela dignidade e bem-estar dos habitantes do país.
A concluir, o texto encoraja os cristãos de todo o mundo a orar “pelo fim das hostilidades no Darfur e por uma paz duradoura no Sudão”.
Com Zenit