Bento XVI revelou hoje que segue “com preocupação” as notícias que chegam da Hungria, tendo feito votos de que “todas as partes encontrem uma solução justa e pacífica”. Cerca de 10.000 pessoas manifestaram- se sem incidentes ontem à noite em Budapeste, exigindo pela segunda noite consecutiva a demissão do primeiro-ministro Ferenc Gyurcsany, testemunharam jornalistas. Gyurcsany reconheceu ter “mentido” e escondido aos húngaros um plano de austeridade para assegurar a sua vitória nas eleições de Abril. A violência na capital da Hungria provocou 50 feridos, resultado de confrontos entre cerca de 200 manifestantes – que destruíram montras e queimaram automóveis -, e a polícia. A Conferência Episcopal húngara já pediu que a solução para a crise seja procurada “na verdade e na justiça”, frisando que “nenhuma sociedade sã pode basear-se na mentira”.