Iniciou-se esta semana no Vaticano a plenária da ROACO (Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais), que tem como objectivo central, este ano, a análise das necessidades e das ajudas distribuídas em várias áreas da sua competência. Em cima de mesa está também a situação dos cristãos iraquianos. O secretário-geral da ROACO, Pe. Leon Lemmens, refere à Rádio Vaticano que “a ROACO e as agências de ajudas ali presentes acompanham há vários anos com grande preocupação e ânsia a sorte dramática dos cristãos iraquianos, procurando ajudá-los o mais possível”. As várias organizações assistenciais já estão a auxiliar, tanto a nível humanitário como a nível pastoral, os mais de 150 mil cristãos iraquianos que se refugiaram na Jordânia, na Síria, no Líbano e na Turquia. Segundo o Pe. Lemmens, contudo, “ainda há muito a ser feito. A grande questão que se coloca a esse respeito é a seguinte: haverá ainda um futuro para eles no Iraque ou convém buscar acolher esses cristãos em nossos países europeus?” “É preciso ajudar ainda mais as comunidades cristãs no próprio Iraque, sobretudo no Norte, no Curdistão iraquiano, onde dezenas de milhares de cristãos provenientes do centro e do sul do país se refugiaram. Para que eles possam permanecer, é necessário criar actividades económicas que lhes permitam ganhar a vida”, sustenta este responsável. O objectivo da ROACO é apoiar economicamente as comunidades católicas de rito oriental, para além de alguns países do Norte da África, do Médio Oriente e da Ásia, tais como Irão, Iraque ou Afeganistão, coordenados pela Congregação vaticana para as Igrejas Orientais.