Sistema de Gestão Paroquial para as dioceses do Sul está pronto

Depois de fazer o enquadramento que levou à criação do projecto RIDISC – Rede Informática para as Dioceses e Instituições Sócio-Culturais, Artur Gomes deteve-se na apresentação sumária das principais características de um projecto que, depois de implementado, e se devidamente aproveitado, lançará a Igreja algarvia na vanguarda da era digital. O representante da empresa ADJ 3 – Sistemas, responsável pela construção informática do RIDISC, começou por lembrar que o projecto visa “encurtar distâncias, reduzir tempos e custos, reunir documentação, promover a criação de conteúdos e a formação à distância, agilizar procedimentos administrativos, partilhar experiências e promover roteiros históricos e artísticos”. Prevendo vir a contemplar cerca de 600 paróquias das seis dioceses aderentes do Algarve, Beja, Évora, Portalegre-Castelo Branco, Santarém e Setúbal, o RIDISC quer “pôr toda a gente a comunicar através da Internet”. Catálogos, inventários, arquivos e bibliotecas poderão ficar disponíveis no futuro nesta rede. O sistema permitirá o cruzamento de dados, disponibilizando um conjunto de informações relevantes sobre cada paróquia e, consequentemente, sobre a diocese como somatório de todas as paróquias. Uma das vantagens deste sistema será precisamente facilitar o diálogo e toda a transferência de informação entre as paróquias e a diocese. Centrando-se de modo mais detalhado no Sistema de Gestão Paroquial (SGP), o segundo dos três módulos que a par do Portal e do Sistema de Gestão Diocesana (SGD) constituem o RIDISC em cada diocese, Artur Gomes adiantou que o mesmo se baseou no projecto RIIAL da América Latina, patrocinado pelo Vaticano, para evoluir tendo em conta o contexto europeu. “Uma das grandes vantagens deste projecto é que funciona através da Internet”, observou. O SGP, que será composto pelos módulos de agenda paroquial, de pessoas, de directório, de catequese, de sacramentos, de celebrações, económico, de estatísticas e de administração, permitirá, por exemplo, aos catequistas de uma qualquer paróquia, sob a coordenação do pároco, lançar notas e as faltas dos catequizandos ou ver quais os elementos que estão em condições de progredir para o ano seguinte a partir do seu computador de casa ou em qualquer outro lugar. Com acesso a partir do Portal diocesano, possibilitará ainda aos párocos corresponderem-se com outros párocos, pedindo informação e fazendo a gestão e acompanhamento dessas solicitações. Poderão igualmente fazer um registo gradual das pessoas que estão a preparar-se para receber sacramentos, produzir o registo de administração de um sacramento, criar livros virtuais digitais, disponibilizar essa informação para consulta e emissão de certidões, entre outras possibilidades. Todos os módulos terão também as facilidades de envio de sms, de correio electrónico e criação de etiquetas. No fundo, o SGP permitirá organizar, sistematizar e uniformizar os procedimentos da gestão paroquial tendo em conta as áreas de directório de entidades, famílias e pessoas, agenda paroquial, sacramentos, celebrações, catequeses, contabilidade e estatísticas. Artur Gomes afirmou ainda que “o SGD, à semelhança do SGP, pretende ajudar a gestão da diocese”. “Desde que as paróquias tenham os dados dentro do sistema, a diocese poderá ter acesso imediato e em qualquer altura a esses dados”, acrescentou, garantindo que “houve a preocupação de sistematizar a entrada de informação para haver mais-valias na gestão da diocese”. O SGD irá buscar a informação às paróquias e terá os seguintes módulos: directório, entidades, agenda diocesana, pessoas, catequese e formação, económico, listagens e estatísticas e documentação. O SGP entrará agora numa fase de acções de formação com vista à sua divulgação, informação e sensibilização. Quanto ao SGD, o processo está mais atrasado, prevendo-se mais um ano para a sua conclusão. Em estudo está ainda a possibilidade de celebração de um protocolo com um operador de comunicações para fornecimento de uma rede para toda a diocese. “Quando as pessoas se juntam ganham escala e capacidade de negociar”, frisou Artur Gomes.

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