Síria: Vigília pela paz proposta pelo Papa está a mobilizar o mundo

Bruxelas, 06 set 2013 (Ecclesia) – O apelo do Papa para uma jornada mundial de oração pela paz, no próximo sábado, continua a ter repercussão um pouco por toda a comunidade internacional e também junto das várias comunidades religiosas.

Numa nota conjunta enviada hoje à Agência ECCLESIA, os líderes das comunidades católicas e muçulmanas da Flandres, no norte da Bélgica, declaram que o desafio de Francisco vai ter eco “nas igrejas e mesquitas da região” e também nas vigílias organizadas pelas dioceses da Bélgica, que “em muitos casos” terão caráter inter-religioso.

“Cristãos e muçulmanos estão profundamente comprometidos com a proposta do Papa, de jejum e oração pela paz na Síria, Médio Oriente e em todo o mundo”, pode ler-se no documento assinado pelo bispo auxiliar de Malines-Bruxelas, D. Leon Lemmens e por vários líderes islâmicos.

No Iraque, o Patriarca de Babilónia dos Caldeus, líder da comunidade católica mais significativa do país, pede “a todos os bispos que convidem os seus fiéis a jejuar juntamente com todas as pessoas de boa vontade, para que termine o sofrimento e a destruição” provocada pela guerra.

D. Louis Raphael Sako, citado pela agência Fides, recorda os muitos cristãos que têm deixado o Médio Oriente por “sentirem-se ameaçados” e “tratados como cidadãos de segunda categoria”.

Na América Latina, os responsáveis católicos do Peru, da Argentina e do Chile também já manifestaram a sua adesão à jornada de oração de sábado.

A Conferência Episcopal do Peru sublinha que “a paz é um dom de Deus que deve ser abraçado” por todos – um pouco por todo o país, paróquias, movimentos e grupos católicos estão a ser mobilizados para se “unirem ao pedido do Papa”.

Na diocese de Quilmes, na Argentina, D. Carlos José Tissera reflete sobre o momento difícil do povo sírio através das palavras do agora Papa emérito Bento XVI.

“O desejo de paz corresponde a um princípio moral fundamental, ou seja, ao direito-dever de um desenvolvimento integral, social e comunitário, e isso faz parte do desígnio de Deus para o homem. O homem é feito para a paz, que é dom de Deus”, salienta o bispo.

Em Aysen, no Chile, D. Luis Infanti critica a falta de iniciativa da comunidade internacional na resolução da tragédia que atinge o povo sírio.

“A diplomacia mundial está a revelar-se lenta e fraca para criar as condições para a paz na Síria”, sustenta o responsável católico.

Fides/JCP

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Agência ECCLESIA

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