Síria: Religiosas do Mosteiro de São Tiago Mutilado apelam à solidariedade

Síria, 27 mar 2018 (Ecclesia) – As monjas do Convento de São Tiago Mutilado, em Qarah, na Síria, alertam que o país se encontra com “um desafio humanitário enorme” e decidiram quebrar o seu silêncio da Quaresma para pedir ajuda.

Na informação enviada à Agência ECCLESIA, as religiosas apelam à “ajuda” que vai dar a possibilidade de responderem à “urgência humanitária” e solicitam “ajuda monetária” para adquirirem “material médico, sanitário, alimentação”, para ser mais rápido.

Ao nordeste de Damasco, por exemplo, chegaram “dezenas de milhares de refugiados”, fugidos das zonas de Ghouta, e chegam aos arredores nordeste da capital são “provisoriamente recolhidos em campos muito mal equipados”.

As monjas contemplativas do mosteiro Sírio, onde está a portuguesa irmã Myri, realçam que as equipas que trabalham no terreno sob a orientação do convento “estão mobilizadas sem descanso, a trabalhar dia e noite, num desses campos, com cerca de 25 000 pessoas”.

Segundo as religiosas o número dos que chegam “ultrapassa de longe as possibilidades humanas e materiais” de todas as organizações humanitárias no terreno e uma das urgências “é a higiene”.

“Se a situação assim continua não tardará a haver sérios problemas de saúde ou epidemias”, acrescentam, explicando que o “lixo se acumula”, há poucos sanitários e “pouca água disponível para servir toda esta multidão”.

As monjas do Convento de São Tiago Mutilado reforçam que são “dezenas de milhares de pessoas” em quatro campos onde as pessoas “arranjam-se entre uma escola vazia cheia a abarrotar, tendas e alguns pré-fabricados”.

“Vai-se distribuindo colchões, coberturas, comida, mas não chegam a todos”, acrescentam, explicando que o Governo terminou o ano letivo “mais cedo para utilizar as escolas para acolher os refugiados”.

A comunidade contemplativa que “decidiu quebrar o seu silêncio”, apesar da Quaresma ainda não ter terminado, deseja “a todos uma santa Semana Santa e Feliz Páscoa do Senhor”.

No início deste mês, o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) mostrou-se “ferido e chocado” com a “situação terrível” vivida pela população da região de Ghouta oriental, na Síria.

CB

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Agência ECCLESIA

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