D. Gregório III Laham lamenta a morte de «milhares de pessoas» e a situação delicada de «pelo menos 400 mil cristãos sírios»
Lisboa, 18 abr 2013 (Ecclesia) – O patriarca greco-melquita (Igreja Católica) de Antioquia diz que “o sofrimento a que o povo sírio está a ser sujeito”, devido à guerra civil no país, “está para lá de todos os limites”.
Em declarações à Fundação Ajuda a Igreja que Sofre, organização humanitária dependente do Vaticano, D. Gregório III Laham salienta que “não há nenhum lugar seguro na Síria”.
De acordo com aquele responsável, que foi hoje recebido pelo Papa Francisco, a nação “virou um campo de batalha” que ameaça não só a vida das pessoas como os seus “direitos” à “liberdade, democracia ou cidadania”.
O patriarca lamenta a morte de “milhares e milhares de pessoas” e critica a situação de instabilidade e insegurança a que estão sujeitos “pelo menos 400 mil cristãos sírios”, que “estão deslocados dentro do próprio país ou foram forçados a abandoná-lo”.
“Aldeias inteiras perderam todos os cristãos que lá viviam”, alerta D. Gregório III, que não esquece também as “dezenas de igrejas e outros centros cristãos, como escolas, lares, orfanatos destruídas” desde o início da guerra, há dois anos.
A mensagem do líder da comunidade greco-melquita da Antioquia aponta no sentido do futuro da comunidade cristã na Síria poder estar comprometido, também devido à ameaça dos “grupos fanáticos fundamentalistas”.
JCP
