Responsáveis cristãos da Terra Santa pedem medidas para «proteger a vida e a liberdade religiosa»

Cidade do Vaticano, 24 jun 2025 (Ecclesia) – O Papa manifestou hoje a sua solidariedade às do atentado terrorista que atingiu uma igreja cristã em Damasco, no último domingo.
“O Papa Leão XIV, ficou profundamente entristecido ao saber da perda de vidas e da destruição causadas pelo ataque à Igreja Ortodoxa Grega de Santo Elias, em Damasco, e expressa a sua sincera solidariedade a todos os afetados por esta tragédia”, refere uma mensagem divulgada pelo Vaticano.
“Ao encomendar as almas dos falecidos à misericórdia amorosa do nosso Pai Celestial, sua santidade também reza por aqueles que choram a sua perda, pela recuperação dos feridos e invoca os dons do Todo-Poderoso de consolação, cura e paz sobre a nação”, acrescenta o texto, enviado através do secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin.
Um homem fez-se explodir durante a celebração litúrgica da tarde de domingo na igreja de Santo Elias, na capital da Síria, causando pelo menos 25 mortos e mais de 60 feridos.
O prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais (Santa Sé), cardeal Claudio Gugerotti, considera que “um massacre como este significa multiplicar por dez a saída dos cristãos dos países do Médio Oriente”.
“Todos os cristãos da Síria e até do Médio Oriente foram atingidos”, sublinha o colaborador do Papa.
O ataque foi condenado “categoricamente” pelos patriarcas e chefes das Igrejas Cristãs em Jerusalém.
“Exortamos o governo provisório da Síria a não só capturar os agressores que fugiram e levá-los à justiça, mas também a tomar medidas abrangentes para proteger a vida e a liberdade religiosa de todos os cristãos e outros grupos religiosos”, indicam os responsáveis, em comunicado conjunto.
Nos EUA, o presidente da Comissão de Justiça e Paz Internacional da Conferência dos Bispos Católicos, D. Abdallah Elias Zaidan, alertou que “a violência sectária, seja ela de natureza religiosa ou ideológica, se não for travada, impedirá a plena integração da Síria na comunidade das nações”.
Este é o primeiro ataque do género em Damasco desde a queda do regime de Bashar al-Assad, em dezembro de 2024.
O presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, expressou na segunda-feira as “profundas condolências e sincera solidariedade às famílias das vítimas que faleceram no atentado criminoso que afetou todo o povo sírio, desejando uma rápida recuperação aos feridos”.
“Este crime hediondo que teve como alvo pessoas inocentes nos seus locais de culto lembra-nos a importância da solidariedade e da unidade — do governo e do povo — para enfrentar as ameaças à nossa segurança e à estabilidade do nosso país”, acrescentou, numa nota divulgada pela agência de notícias estatal, SANA.
OC