Síria: Núncio em Damasco pede fim da guerra

Mais de 1300 pessoas terão sido mortas num ataque com armas químicas

Damasco, Síria 22 ago 2013 (Ecclesia) – O monsenhor Mario Zenari, Núncio em Damasco, pediu o fim da guerra e apelou à paz na Síria, condenando o ataque que vitimou pelo menos 1300 pessoas, muitas delas crianças.

“Basta com esta guerra”, afirmou o Núncio após o ataque com armas químicas divulgado esta quarta-feira pela oposição síria ao governo do presidente Bashar Al-Assad, e disse que a população está cansada deste conflito.

“Estas imagens que circulam na internet e na televisão são verdadeiramente um choque para a comunidade internacional. Aqui as pessoas estão cansadas e creio que verdadeiramente lança um grito de alarme para a comunidade internacional para dizer: Ajudem-nos para que esta guerra termine imediatamente”, assinala Mario Zenari em declarações à Rádio Vaticano.

A oposição síria divulgou um vídeo, esta quarta-feira, onde acusam o governo do Presidente Bashar Al-Assad de usar armas químicas contra a população em Ghouta, a 10 quilómetros sudeste da capital Damasco, onde se destacam “filas intermináveis de corpos de homens, mulheres e crianças não resistiram”.

O governo sírio, que admitiu um ataque, recusa responsabilidades no pior ataque com armas não convencionais dos últimos 25 anos e acusa a oposição de manipulação mediática, depois de neste domingo terem chegado inspetores da ONU ao país.

“Creio que este grito pede um esforço maior da comunidade internacional para encontrar rapidamente uma solução política para esta grave crise”, acrescentou o Núncio em Damasco.

Nesta quinta-feira, segundo as agências, os arredores de Damasco continuam a ser bombardeados pelas forças leais a Bashar Al-Assad.

A ONU pede uma clarificação dos factos enquanto os Estados Unidos da América e a Rússia, que apoiam respetivamente a oposição e o governo, continuam com opiniões contrárias em relação a este conflito que dura há mais de dois anos.

O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou há um ano que o uso de armas químicas por parte de Bashar Al-Assad seria a “fronteira” de uma mudança de posição norte-americana em relação ao conflito em torno do poder na Síria.

NEWS.VA/CB/LS

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