Síria: Jesuítas preocupados com sacerdotes raptados

Patriarcado siro-ortodoxo vai manter sede em Damasco, apesar do conflito

Lisboa, 06 ago 2013 (Ecclesia) – A Agência Fides divulgou dois comunicados sobre a guerra na Síria, nos quais os jesuítas do Médio Oriente se mostram preocupados com dois sacerdotes vítimas do conflito e o patriarca siro-ortodoxo manifesta intenção de se manter em Damasco.

O provincial dos jesuítas no Médio Oriente, padre Victor Assouad, revela “inquietação profunda” pelo desaparecimento, há mais de uma semana, de padre Paolo Dall’Oglio no norte da Síria, “talvez sequestrado por grupos jihadistas daquela região”.

Este sacerdote, considerado refundador do antigo Mosteiro sírio de Deir Mar Musa, fomentava iniciativas de diálogo islâmico-cristão e foi declarado “pessoa não-grata” pelo governo sírio; desapareceu quando se preparava para negociar a libertação de reféns.

Outra “situação crítica” é a do padre Frans van der Lugt que está, com várias pessoas, na casa dos jesuítas de Boustan Diwan, no centro de Homs, a cerca de 164 quilómetros a norte da capital Damasco, considerada a última cidade controlada pelos rebeldes.

Segundo a UNICEF, em Homs estão bloqueados 400 mil civis, a maioria mulheres, idosos e crianças.

Neste momento, o apelo é pela proteção da vida dos “hóspedes” na residência jesuíta de Homns e a “todas as organizações e autoridades que se mobilizam na busca” do padre Paolo Dall’Oglio para que este possa regressar à sua família.

A Companhia de Jesus expressa a sua “solidariedade com o sofrimento de todo o povo sírio”, que resulta de 28 meses de guerra, e compromete-se a continuar sua ação humanitária e a “trabalhar pela paz e pela reconciliação na Síria”.

O patriarca siro-ortodoxo emitiu, por sua vez, um comunicado onde afirma que a sede do Patriarcado de Antioquia vai permanecer em Damasco, apesar do conflito.

O patriarca Mar Ignatius Zakka I Iwas e todos os membros do Santo Sínodo da Igreja siro-ortodoxa reafirmam que “não existe alguma intenção de transferir (a sede) para outro lugar”, desmentindo a informação adiantava uma mudança da sede patriarcal para a Turquia.

“Não estamos interessados apenas na sobrevivência da sede de Antioquia na Síria, mas na permanência do nosso povo em todas as partes do território”, refere o documento também enviado à Fides, do Vaticano.

CB

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