Fundação pontifícia quer «angariar mais de 1,5 milhões de euros»
Lisboa, 23 ago 2016 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) recebeu “novos pedidos de ajuda de emergência” para minimizar a crise em Alepo, na Síria, e informa que “aprovou” um conjunto de projetos para apoiar as famílias “mais carentes” desse país.
“A maioria da ajuda prometida representa uma continuação dos programas de emergência já estabelecidos com a diferença de que o número de pessoas que necessitam de ajuda aumentou, mais uma vez, devido ao agravamento da situação em quase todo o país”, explica a fundação pontifícia que está “empenhada” em “angariar mais de 1,5 milhões de euros”.
Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, o secretariado português da AIS denuncia que o número de cristãos na zona de conflito “diminuiu novamente nos últimos meses” mas as famílias que precisam de ajuda para a sobreviverem “tem aumentado muito rapidamente”.
A instituição católica contextualiza que as famílias na cidade síria de Alepo vão ter uma “ajuda especial” ao longo dos próximos meses uma vez que está “na linha da frente da batalha” que opõe o exército governamental aos grupos rebeldes.
A AIS vai continuar a ajudar “2817 famílias” em Al Hassakeh e Alepo e para além da cidade que já foi a capital comercial e industrial da Síria, antes de a guerra começar há cinco anos, foi renovado o apoio às famílias dos refugiados internos em cidades como Damasco e Tartus.
“No apoio prometido está incluído leite de bebé e fraldas para cerca de 650 bebés e crianças até dois anos, em Tartus e outros lugares na Diocese de Latakia”, contabiliza a fundação pontifícia, destacando que a generosidade dos seus benfeitores já permitiu “ajudar cerca de 200 bebés” este ano.
A Ajuda à Igreja que Sofre informa também que pretende “alargar” o apoio às famílias deslocadas de Alepo, Hama e Idlib que “precisam de ajuda para pagar a renda” e contabiliza ainda mais 507 famílias que fugiram de Damasco e necessitam de “ajuda urgente” para “pagar a renda, para tratamentos médicos, roupas, educação e alimentação”.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura – FAO, “mais de três em cada quatro sírios” vivem em extrema pobreza “incapazes de garantir as necessidades básicas e alimentos para a sua sobrevivência”.
CB