Organização católica promove esta sexta-feira uma nova jornada de oração pela paz, depois da morte de mais 70 pessoas perto de Alepo
Lisboa, 06 mai 2016 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda a Igreja que Sofre congregou hoje os cristãos de todo o mundo para “uma grande jornada de oração pela paz” na Síria e sobretudo na cidade de Alepo.
Num comunicado divulgado através da internet, o organismo católico ligado à Santa Sé lamenta “o agravamento da situação militar” naquele país, onde continuam os confrontos entre as forças do governo de Bashar-al-Assad e os rebeldes, apesar dos esforços que tem sido feitos para alcançar um cessar-fogo na região.
Ainda esta sexta-feira, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos deu conta da morte de pelo menos mais 70 combatentes, dos dois lados da barricada, na sequência de combates em Khan Touman, uma localidade situada a cerca de 10 quilómetros de Alepo.
Em conversa com a Fundação AIS, o padre Ibrahim Alsabagh, descreveu o ambiente de terror que se vive em Alepo, onde muitas pessoas já foram obrigadas a fugir para salvar a vida.
“Quando não caem as bombas, reina na cidade uma tranquilidade inquietante, como num cemitério. As ruas estão desertas”, realçou o sacerdote, que lamentou ainda a falta de atenção que este drama está a ter, por parte da comunidade internacional.
“Quando despertará de vez a comunidade internacional, para se pôr fim a este novo Sarajevo?”, questionou.
Iniciada em 2011, a guerra civil na Síria já terá causado a morte a cerca de 270 mil pessoas, segundo a contabilidade mais recente feita pelo referido Observatório sírio.
Os combates intensificaram-se nas últimas semanas, levando a Fundação AIS a apelar a uma jornada de oração pela Síria, contando para isso com o contributo dos seus 21 secretariados internacionais, incluindo em Portugal, e também todos os seus benfeitores e amigos.
JCP