Síria: Fundação AIS disponibiliza ajuda de meio milhão de euros

Terramoto que atingiu a Síria e a Turquia já «ceifou mais de 21 mil vidas»

Foto: Lusa/EPA

Síria, 11 fev 2023 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS) anunciou que vai disponibilizar uma ajuda de emergência no valor de meio milhão de euros, na sequência da devastação causada pelo terramoto que atingiu várias regiões do norte da Síria. 

“Na sequência da brutal devastação causada pelo terramoto da madrugada de segunda-feira, dia 6 de fevereiro, que atingiu vastas regiões do norte da Síria, a Fundação AIS decidiu, a nível internacional, disponibilizar uma ajuda de emergência no valor de meio milhão de euros”, pode ler-se em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

Desde a primeira hora que a Fundação “está no terreno a acompanhar os esforços da Igreja” nas “regiões mais afetadas pelo sismo e onde há uma presença cristã mais considerável, como é o caso de Alepo e Latakia”.

Segundo o responsável de projetos da AIS para a Síria e Líbano, Xavier Stephen Bisits, tem havido um trabalho conjunto das diversas igrejas cristãs que procuram “dar respostas concretas à situação de emergência causada pelo terramoto que afetou a Síria e a Turquia e que já ceifou mais de 21 mil vidas”.

“Estamos a trabalhar com os Franciscanos em Latakia, que estão a fornecer cobertores e alimentos às famílias deslocadas; com os ortodoxos arménios em Alepo, que prepararam um projeto para fornecer medicamentos às famílias deslocadas; com o Instituto do Verbo Encarnado, que quer trabalhar connosco num projeto para as famílias afetadas, e também com a sociedade de S. Vicente de Paulo, para fornecer cuidados de higiene pessoal aos idosos, muitos dos quais optaram por não abandonar as suas casas, e estão a viver sozinhos”, explicou o responsável da AIS.

A Fundação AIS está em contacto também com o Comité Conjunto de Alepo, que agrega todas as Igrejas locais, para ajudar a financiar os custos do aluguer de casas para as famílias cujos edifícios foram destruídos por completo ou sofreram danos mais consideráveis. 

“Todas essas pessoas precisam de alojamento imediato, tanto mais que o Inverno se faz sentir nesta altura do ano de forma muito rigorosa com temperaturas a atingirem por vezes três e quatro graus negativos durante a noite”, pode ler-se.

Após os horrores da guerra, apesar da profunda crise em que a Síria se encontra, também por causa das sanções económicas impostas ao regime de Damasco, as “pessoas partilham o que têm, oferecem uns aos outros a ajuda possível, dando um formidável exemplo de solidariedade”.

SN

 

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