Papa Francisco também recordou «mártires» do Médio Oriente
Lisboa, 30 jun 2014 (Ecclesia) – A presidência do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) manifestou a sua “viva indignação” perante a crucifixão de cristãos no centro de centre de Deir Hafer, Síria.
Os bispos assumem a “condenação” dos atos, que precederam a proclamação do califado islâmico nos territórios sírios e iraquianos sob controlo do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS).
“Estes atos que usam a religião para justificar atos de justiça sumária são contra qualquer tentativa de pacificar o país já abalado por anos de guerra fratricida”, refere o comunicado, enviado hoje à Agência ECCLESIA, com assinatura dos cardeais Peter Erdo e Angelo Bagnasco, respetivamente presidente e vice-presidente do CCEE.
Os jihadistas do ISIS anunciaram neste domingo a criação de um "califado islâmico" nas regiões conquistadas pelos combatentes na Síria e no Iraque.
O Papa recordou esta manhã, no Vaticano, os “mártires” do Médio Oriente, que “dão a sua vida pela fé”.
Francisco voltou a sublinhar que há hoje tantos ou mais cristãos perseguidos do que no tempo do Império Romano.
“Pensemos no Médio Oriente: cristãos que têm de fugir das perseguições, cristãos mortos por perseguidores. Há também cristãos expulsos de forma elegante, com luva branca, e também isso é uma perseguição”, declarou, na homilia da Missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.
A 2 de maio, no mesmo local, o Papa confessou ter chorado ao saber que alguns cristãos tinham sido crucificados, embora sem fazer qualquer referência direta à Síria.
OC