Lisboa, 24 abr 2013 (Ecclesia) – Os dois bispos ortodoxos sequestrados esta segunda-feira na Síria continuam desaparecidos, ao contrário do que chegou a ser noticiado na terça-feira por várias agências internacionais.
Mar Gregorios Ibrahim, da Igreja siro-ortodoxa, e Paul Yazigi, da Igreja greco-ortodoxa, foram raptados por um grupo armado na aldeia de Kafr Dael, província de Alepo, e o seu motorista foi assassinado.
A identidade dos sequestradores não foi ainda revelada.
D. Jean-Clement Jeanbart, arcebispo greco-melquita de Alepo, disse à agência AsiaNews que “ainda não se sabe nada” sobre os sequestrados.
O Papa apelou à libertação dos dois bispos e recordou esta terça-feira as populações atingidas por uma “emergência humana de vastíssimas proporções”.
O porta-voz do Vaticano revelou em comunicado que Francisco foi informado deste “novo gravíssimo facto, que se soma ao crescimento da violência nos últimos dias e a uma emergência humana de vastíssimas proporções”.
Segundo estimativas citadas por responsáveis católicos no terreno, a guerra na Síria já provocou um milhão de refugiados, dois milhões e meio de deslocados e quase 100 mil mortos.
Os confrontos surgiram após a repressão dos protestos populares contra o regime de Bashar al-Assad que tiveram início em março de 2011.
No início de fevereiro, dois padres foram sequestrados por homens armados no sul de Alepo sem que tenha voltado a haver notícias suas desde então.
OC
Notícia atualizada às 10h14. Elimina referência anterior à alegada libertação dos dois sequestrados.