Bombista fez-se explodir durante celebração da Missa

Damasco, 22 jun 2025 (Ecclesia) – Um homem fez-se explodir hoje numa igreja de Damasco, capital da Síria, provocando dezenas de mortos e feridos, incluindo menores.
O portal de notícias do Vaticano adianta que o ataque terrorista aconteceu na Igreja de Santo Elias, no bairro de Dwelaa, enquanto a Missa estava a decorrer, citando o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, sediado na Grã-Bretanha, e agências internacionais.
“O ataque foi o primeiro do tipo na Síria em anos e ocorre enquanto Damasco, sob um governo islâmico de facto, tenta ganhar o apoio das minorias”, refere o ‘Vatican News’.
Nenhum grupo assumiu a responsabilidade imediatamente após o ataque, mas o Ministério do Interior da Síria informou que um extremista do autoproclamado Estado Islâmico (Daesh) entrou na igreja, disparando sobre a assembleia, antes de detonar um colete com explosivos.
Em comunicado divulgado pela agência de notícias estatal SANA, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Expatriados da Siria “condena veementemente o ataque terrorista contra a igreja de Santo Elias, em Damasco, perpetrado por um terrorista suicida afiliado ao Daesh, segundo as primeiras investigações, que causou numerosas vítimas”.
“Este ato criminoso contra membros da comunidade cristã é uma tentativa desesperada de minar a coexistência nacional e desestabilizar o país, e é uma resposta dos remanescentes do terrorismo às contínuas conquistas do Estado e da liderança sírios”, acrescenta a nota.
O ministro da Informação sírio, Hamza Mostafa, escreveu, no seu canal oficial do Telegram, que “as unidades de segurança acorreram ao local, isolaram toda a área, enquanto as equipas competentes começaram a recolher provas e a investigar as circunstâncias do ataque”.
O balanço inicial do Ministério da Saúde adianta que nove civis foram mortos e 13 ficaram feridos.
Este é o primeiro ataque do género em Damasco desde a queda do regime de Bashar al-Assad, em dezembro de 2024.
O enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, condenou “nos termos mais veementes” o ataque terrorista, que considerou um “crime hediondo”, apelando a “uma investigação exaustiva e às medidas necessárias”.
Pederson pediu que todos se unam “na rejeição ao terrorismo, ao extremismo, à incitação e aos ataques contra qualquer grupo na Síria”.
OC