Lisboa, 23 out 2013 (Ecclesia) – O patriarca da Igreja Greco-Católica Melquita, Gregório III, explicou que a situação dos cristãos na Síria é “cada vez mais grave” e que “muitos sacerdotes, parentes e amigos foram sequestrados”.
“Pode pensar-se que é seguro aqui ou inseguro ali, mas, a qualquer momento, qualquer pessoa pode ser morta por uma bomba, míssil ou uma bala, para não falar do risco de ser sequestrado ou tomado como reféns para o resgate, ou assassinado”, explicou o patriarca Gregório à fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
O responsável revelou que o medo está instalado na Síria e que os cristãos “são vistos como um elemento fraco”, sujeitos a sequestros e extorsões financeiras, e a pior ameaça é dos grupos radicais jihadistas, “que se encontram essencialmente nas fileiras dos rebeldes”.
Tal como os cristãos, também os muçulmanos sofrem com a violência perpetrada pelos grupos radicais que para o Patriarca “a maioria veio de fora da Síria”.
A guerra civil e o clima de medo/instabilidade originou que “450 mil cristãos tenham deixado a Síria ou estejam deslocados internamente”, adianta Gregório III que apresenta mais dados sobre a realidade cristã.
“Seis Cristãos foram sequestrados, desde 4 de setembro, e ninguém sabe onde estão” ou que as comunidades Cristãs são obrigadas a pagar uma espécie de imposto para são serem sujeitos a ataques, que depois não é respeitado.
Segundo a análise do patriarca, a Síria “está a experimentar um caminho longo, sangrento”, quando viviam em harmonia religiosa antes da guerra civil, que começou em 2011.
O chefe da Igreja Greco-Católica Melquita esteve na Catedral de Westminster, em Londres, Inglaterra, a para a apresentação anual do relatório ‘Perseguidos e Esquecidos?’, sobre a perseguição aos cristãos, da responsabilidade do escritório britânico da Fundação AIS.
AIS/CB