D. António Vitalino comenta documento e inquérito preparatórios para reunião extraordinária de 2014 sobre a família
Beja, 27 nov 2013 (Ecclesia) – O bispo de Beja considera que o documento e inquérito preparatórios para o Sínodo extraordinário de 2014 sobre a família procuram respostas “com frontalidade, sem subterfúgios”, o que “não” significa que a Igreja vá “mudar a doutrina”.
“[No inquérito] Há perguntas sobre atitudes expressamente contrárias à doutrina tradicional da Igreja sobre o casamento e a família. O Sínodo quer saber a sensibilidade dos católicos a esse respeito, com frontalidade, sem subterfúgios. Isso não significa que tenciona mudar a doutrina da Igreja, que assenta na revelação bíblica e na antropologia judaico-cristã”, assinala D. António Vitalino, na sua nota semanal enviada à Agência ECCLESIA.
O prelado interpela, “pelo menos os diocesanos de Beja”, a responderem às questões, “sem preconceitos ou temor, fazendo-se intérpretes da real situação e sensibilidade das famílias”: “Se possível até dia 15 de dezembro”, e que quem não tiver acesso à internet “pode dirigir-se aos párocos e movimentos católicos” para pedir “o elenco das perguntas”.
“Só assim a Igreja poderá encontrar respostas a problemas reais e desenvolver práticas pastorais que ajudem verdadeiramente as famílias, cujo bem nos deve preocupar sempre”, prosseguiu.
Na nota D. António Vitalino assinala também que “sempre foi costume” anteceder os sínodos com “muitas questões” sobre o tema escolhido mas desta vez, “por vontade expressa do Papa Francisco”, o questionário sobre a família “deve ser respondido não apenas por membros do clero, mas também pelos leigos”.
Segundo o bispo de Beja, a comunicação social tem “posto na praça pública” muitas questões sobre o “pensamento da Igreja católica acerca da família”, primeiro com o documento de preparação da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos e depois com Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa – A propósito da ideologia do género.
A “visão da Igreja sobre o casamento não vai mudar”, explica D. António Vitalino que destaca “tantos casais e famílias que conseguem crescer na comunhão e amor do casamento entre homem e mulher”.
“Pode haver alguma alteração na atitude da Igreja para com aqueles que não conseguem realizar e viver na perfeição este ideal de vida cristã”, acrescentou.
CB/OC