Cidade do Vaticano, 14 out 2014 (Ecclesia) – O cardeal brasileiro D. Raymundo Damasceno Assis, um dos três presidentes-delegados do Sínodo dos Bispos que decorre no Vaticano, disse hoje que existe “consenso” entre os participantes a respeito da “doutrina” sobre a família e o matrimónio.
“Nesse ponto doutrinal, não há divergência na aula sinodal, o que há muitas vezes é um acento maior ou menor do ponto de vista pastoral”, refere à Rádio Vaticano o arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência Nacional de Bispos do Brasil.
Segundo este responsável, “alguns têm receio de que a abertura pastoral possa vir implicar na doutrina da Igreja sobre o matrimónio, sobre a família”, posição que diz não partilhar.
O presidente-delegado da assembleia geral extraordinária do Sínodo, que decorre até domingo, rejeita as polémicas surgidas após a publicação do relatório intermédio, apresentado esta segunda-feira pelo cardeal Peter Erdo.
“É um documento provisório que retrata o que foi discutido durante as congregações gerais, levanta os grandes temas que foram discutidos”, precisa D. Raymundo Damasceno Assis.
O arcebispo de Aparecida avisa que o relatório receberá “observações, um acréscimo, quem sabe alguma correção nalguns pontos, nalguns aspetos, mas não é um documento oficial”.
O cardeal brasileiro recorda que este processo sinodal “começou já há um ano, continua com esta primeira etapa e vai concluir-se somente no ano que vem”, com a assembleia geral ordinária dedicada ao tema ‘A vocação e a missão da família na Igreja, no mundo contemporâneo’ (4 a 25 de outubro de 2015).
OC